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Ações da Embraer rendem mais que as da Nvidia e outras big techs neste ano (até agora)

No acumulado de doze meses até 29 de julho, papéis da empresa subiram quase 70%, ante 57% da Nvidia, segundo pesquisa da Elos Ayta

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2025, 11h32 - Publicado em 30 jul 2025, 11h18

Menos badalados que as ações das big techs americanas, os papéis da Embraer (EMBR3) costumam ficar fora do radar dos grandes investidores internacionais – mas não deveriam. Segundo um levantamento da consultoria Elos Ayta, a rentabilidade das ações da fabricante brasileira de aviões supera a das “sete magníficas” no acumulado do ano e dos doze meses até ontem, 29 de julho.

As “sete magníficas” é o grupo formado pelas maiores empresas de tecnologia do mundo: a fabricante de chips Nvidia; a Microsoft, a Meta (dona do Facebook), a Amazon, a Alphabet (dona do Google), a Apple e a Tesla. De acordo com a Elos Ayta, a rentabilidade em dólar das ações da Embraer é de 35,99% no acumulado do ano até ontem. Com isso, a brasileira fica à frente da Nvidia, segunda colocada, com valorização de 30,72%, e da Microsoft, a terceira, com 22,07%.

No acumulado de doze meses até ontem, o bom desempenho da Embraer também se sustenta. Seus papéis apresentaram alta, em dólar, de 69,57%, seguidos pelos da Nvida, com 57,33%, e pelos da Meta (50,82%). A consultoria acrescenta que, em cortes de tempo mais longos, a companhia verde-amarela ostenta uma honrosa vice-liderança.

Elos Ayta levantamento ações Embraer
(Divulgação/Elos Ayta/VEJA.com)

A forte valorização de suas ações, contudo, é ameaçada pelo tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às importações provenientes do Brasil. A alíquota deve entrar em vigor em 1º de agosto, junto com sobretaxas aplicadas pelos americanos a praticamente todos os países. Quando foram anunciadas em 2 de abril por Trump, o Brasil havia se saído relativamente bem, pois seria taxado com a tarifa mínima de 10%, enquanto nações como Vietnã e Japão arcariam com sobretaxas de 46% e 24%, respectivamente.

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Em meio aos protestos globais e ameaças de retaliação, em 9 de abril, a Casa Branca suspendeu por noventa a aplicação das sobretaxas, a fim de negociar uma redução das alíquotas com países que oferecessem melhores condições para a entrada de produtos americanos. Em 9 de julho, porém, Trump surpreendeu o Brasil ao anunciar que nossas mercadorias seriam sobretaxadas em 50%.

Além de alegar incorretamente que o Brasil acumula superávit na relação comercial com os Estados Unidos – quando, na verdade, é o contrário -, Trump vinculou sua decisão à alegada perseguição política promovida pela Supremo Tribunal Federal ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado e que responde a um processo por tentativa de golpe de Estado.

Neste cenário, a Embraer pode ser uma das empresas mais prejudicadas na avaliação de analistas. No acumulado do ano até junho, as exportações brasileiras para os Estado Unidos somam 20 bilhões de dólares. As vendas de aviões e peças de aeronaves representam 7,2% desse total e estão a cargo da Embraer.

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Por isso, a própria Elos Ayta adverte, no levantamento divulgado hoje, que a alta dos papéis da companhia enfrentará um teste decisivo nos próximos meses. “A valorização da ação até julho pode refletir um movimento de antecipação, no qual o mercado já precificava contratos, expansão em mercados alternativos e a robustez do setor de defesa”, diz a consultoria. “Mas o impacto real da taxação será medido nos próximos trimestres, e pode ser profundo.”

A Elos Ayta acrescenta que, para os investidores, “o cenário muda radicalmente: a ação, que até agora foi sinônimo de valorização, passará a conviver com um novo vetor de risco regulatório e comercial. A volatilidade pode aumentar e, com ela, o apetite por revisões de portfólio.”

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

 

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