Só neste ano, as ações preferenciais da fabricante de armas Forja Taurus acumulam uma valorização de 89,88%. Já as ordinárias tiveram uma alta de 78,29%. Em 2018, os papéis ordinários da companhia tiveram uma valorização de 180,83%, enquanto os preferenciais subiram 130,98%, segundo levantamento feito por Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da consultoria Economatica.
A diferença entre ações preferenciais e ordinárias é que as primeiras dão preferência na distribuição de dividendos, enquanto os donos do segundo tipo de papel têm direito a voto em assembleias da companhia.
A valorização dos papéis da Taurus acontece em meio à discussão sobre a regulamentação da posse de arma, que deve ocorrer por meio de decreto. A expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro assine um decreto que facilite a posse de arma nos próximas dias.
Pela minuta do decreto, elaborada pelo Ministério da Justiça, o porte de armas fica de fora do decreto, porque depende de alteração legislativa, o que teria de passar pelo Congresso para poder vigorar. Na posse, a arma só pode ser mantida em casa ou dentro de estabelecimento comercial. Já com o porte, o cidadão poderia circular armado nas ruas. Ele também defendeu aumentar o limite de armas por cidadão.
A expectativa em torno do decreto tem impulsionado a valorização dos papéis da Taurus desde o segundo semestre de 2018, quando o nome de Bolsonaro começou a se destacar nas pesquisas de intenção de voto.
De acordo com o levantamento da Economatica, as ações ordinárias da Taurus acumulam uma valorização de 400,69% nos anos de 2018 e 2019. O estudo, que considera papéis com volume médio de negociação acima de 5 milhões de reais por dia, mostra que os ativos da companhia foram os que mais deram retorno no ano passado e nestes primeiros dias de 2019..