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Ações da Vale despencam e operam em queda de mais de 23%

O índice Ibovespa também está em queda, de 2,43%, consequência na desvalorização dos papéis da mineradora

Por Larissa Quintino Atualizado em 30 jul 2020, 19h57 - Publicado em 28 jan 2019, 11h32
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  • As ações da Vale operam em forte queda nesta segunda-feira, 28. O desempenho negativo é motivado pelo rompimento de uma barragem da mineradora em Brumadinho (MG) na sexta-feira 25. Até o momento, 282 pessoas estão desaparecidas e 60 morreram.

    Às 14h53, os papéis da mineradora valiam 43,44 reais, queda de 23,06% em relação ao fechamento anterior, na quinta-feira 24. Por causa do feriado de aniversário da capital paulista, as ações da Vale não foram negociadas no dia 25, e as consequências estão sendo sentidas hoje na B3.  

    O índice Ibovespa, o principal da bolsa paulista, operava em queda de 2,43%, nos 95.304 pontos, às 14h53, puxado pela queda nas ações da Vale. Os papéis da mineradora têm peso de 11 pontos percentuais na bolsa.

    Segundo André Perfeito, economista da Netcom, a primeira reação do mercado a tragédias é a venda de ações, não por causa do prejuízo do rompimento da barragem em si, mas por questões regulatórias, como multas a serem aplicadas. “O mercado primeiro vende e depois pergunta. Então, essa queda em primeiro momento era esperada.”

    De acordo com o economista, a forte queda no começo do dia pode ser revertida, pois há uma oportunidade na compra de ações. Além disso, é preciso ver como o governo Jair Bolsonaro vai agir em relação à questão ambiental.

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    Em 6 de novembro de 2015, o dia seguinte ao rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), as ações da mineradora caíram 7,5%. De lá para cá, a valorização foi de 251%, segundo levantamento feito pela Netcom. No desastre de Mariana, 19 pessoas morreram.

    Siderúrgicas

    As ações do setor de siderurgia também refletem a queda da Vale e recuam. Liderando as baixas, as ações ON da CSN caem 2,78%, seguidas de queda de 0,94% das ações PN da Gerdau. A Gerdau Metalúrgica PN tem baixa de 1,19%.

    “O setor acaba sendo influenciado porque algumas empresas que possuem um braço de mineração. Entre as mais atingidas está a CSN. As ações são afetadas diante de um efeito dominó, uma vez que o investidor se desfaz de papéis ligados à mineração”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador de mesa institucional da Renascença.

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    Mercado externo

    Os American Depositary Receipts (ADRs), recibos de ações através dos quais empresas não sediadas nos Estados Unidos podem negociar seus papéis no mercado americano, abriram em forte queda em Nova York, depois de recuarem expressivamente também durante os negócios do pré-mercado. Às 12h35 (horário de Brasília), o ADR da empresa caía 16,91%, a US$ 11,40. Na mesma hora, o principal fundo de índice (ETF) de papéis brasileiros negociados em Nova York, o EWZ, recuava 2,85%, a US$ 42,57. (Colaborou Monique Heemann)

    (Com Estadão Conteúdo)

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