O namoro do mercado financeiro com o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, dá sinais de fragilidade. O dólar é vendido a 3,76 reais, uma alta de 1,43% em relação a terça-feira. E o Ibovespa, principal indicador de ações da B3, a bolsa paulista, cai 2,21%, a 84.185 pontos, após três pregões de forte crescimento.
As principais baixas na Bolsa são justamente os papéis de empresas estatais, como a Eletrobras – queda de 13,7%. As ações da Petrobras recuam 3,91% e as do Banco do Brasil têm queda de 4,26%.
O mercado não gostou das declarações de Bolsonaro na noite de terça-feira 9. O presidenciável descartou privatizar a geração de energia no país.
“Suponha que você tem um galinheiro no fundo da sua casa e viva dele. Quando privatiza, você não tem a garantia de comer um ovo cozido. Nós vamos deixar a energia nas mãos de terceiros?”, questionou Bolsonaro em entrevista para a TV Bandeirantes.
Outro problema é que Bolsonaro disse que, se eleito, fará a sua própria reforma da Previdência, mais branda, e não aquela que foi encaminhada por Michel Temer e já tramita no Congresso.
“O que o mercado mais quer ver é essa reforma começar a sair do papel, seja como for. Em suma, temos motivos para certa cautela em um primeiro momento, mas o foco mesmo está na pesquisa Datafolha a ser divulgada hoje a partir das 19 horas, a qual tende a trazer importantes atualizações para o segundo turno”, afirma relatório da corretora H.Commcor.