Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Acordo fechado: a chegada da Starlink, de Elon Musk, ao Brasil

Concessão do direito de exploração à Starlink é desejo do governo brasileiro para conectar áreas remotas na região amazônica e monitorar desmatamentos

Por Felipe Mendes Atualizado em 31 jan 2022, 01h24 - Publicado em 28 jan 2022, 17h12

A Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, concedeu nesta sexta-feira, 28, o direito de exploração de satélite estrangeiro não-geoestacionário de baixa órbita para a Starlink, sistema de satélites da empresa SpaceX, do empresário Elon Musk. A empresa garantiu o direito de atuar em todo o território brasileiro até 2027. A negociação vinha sendo tratada como essencial pelo ministro das Comunicações, Fabio Faria, conforme antecipado por reportagem de VEJA, em novembro de 2021. Além da empresa do multibilionário, a americana Swarm também foi autorizada a operar nos céus do país.

O objetivo com a aproximação de Musk é, segundo revelou Faria, dar início a um projeto-piloto utilizando a rede de satélites da Starlink, que já conta com mais de 1.600 unidades lançadas, para levar conectividade de alta velocidade a escolas em áreas remotas na floresta, um primeiro passo para que, posteriormente, escolas públicas, unidades de saúde e comunidades indígenas de regiões remotas brasileiras possam estar conectadas. O programa é alinhado com os interesses do governo de pavimentar o caminho para a adoção da quinta geração de tecnologia móvel no país. “Pelo programa de implementação estabelecido pelo 5G, as operadoras de telecomunicações levarão meia década para conectar as escolas mais afastadas. Com a Starlink, podemos fazer isso já em 2022, chegando aos colégios do Nordeste e da Amazônia Legal”, contou Faria a VEJA. “Temos pelo menos 17.000 escolas para ser conectadas.”

A oferta final de banda larga aos consumidores, segundo a Anatel, poderá ser realizada por empresa autorizada que contratar capacidade da rede de satélites, ou caso o próprio grupo econômico obtenha autorização para ingressar nesse mercado. A princípio, a agência avaliou a possibilidade de conceder o direito de exploração até 2033, mas decidiu reduzir para 2027 diante do “caráter pioneiro” do empreendimento e de possíveis impactos não previstos.

A principal aposta de Faria é que a tecnologia seja empregada na preservação da Floresta Amazônica através do monitoramento via satélite de desmatamentos ilegais e de incêndios. “Com a Starlink, podemos descobrir focos de incêndio e de desmatamentos ilegais. Alguns satélites de Musk têm até a capacidade de captar o barulho da motosserra”, explica Faria. “Essa possibilidade fez com que os olhos de Musk brilhassem. Todo mundo fala da Amazônia, mas ninguém coloca dinheiro aqui. Esse pode ser o ponto de partida para que outros grandes empresários do mundo venham e invistam na preservação da floresta.”

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.