O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, 24, que está próximo de concluir 0 acordo de exploração de minerais com a Ucrânia. “Vou assinar o acordo em breve”, disse a repórteres durante reunião em seu gabinete.

Neste fim de semana, uma delegação americana se reuniu com autoridades ucranianas e, depois, com representantes russos em Riade, na Arábia Saudita. Embora o foco das conversas tenha sido um cessar-fogo na região do Mar Negro, os encontros também trataram de demarcação de territórios estratégicos e do interesse americano em usinas de energia na Ucrânia. Trump defende que empresas americanas assumam o controle de algumas dessas usinas.

A negociação envolve também o controle das chamadas “terras raras” – que possuem minerais essenciais para a produção de smartphones, computadores e equipamentos médicos, como gadolínio (Gd), ítrio (Y) e cério (Ce). Eles recebem esse nome devido à dificuldade de serem encontrados em estado puro. A Ucrânia concentra 21 das 30 substâncias classificadas pela União Europeia como materiais críticos, mas boa parte desses depósitos está em áreas ocupadas pela Rússia. Trump defende que esses recursos sirvam como moeda de troca pelo apoio militar e financeiro dos Estados Unidos à Ucrânia.

“Estamos discutindo território, linhas de demarcação e a questão da energia”, afirmou o presidente americano. O tema já havia sido abordado em uma ligação entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na semana anterior.

Trump também demonstrou otimismo em relação às conversas com Moscou. “Temos boas notícias sobre as negociações com a Rússia”, disse, sem entrar em detalhes.

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