Os advogados de defesa do ex-comandante das montadoras Nissan e Renault, Carlos Ghosn, anunciaram nesta quarta-feira, 13, que pediram demissão do caso.
Motonari Otsuru, um ex-promotor que defendia o executivo que criou a aliança de montadoras Renault-Nissan-Mitsubishi Motors, “enviou uma carta de demissão ao tribunal”, assim como seu colega Masato Oshikubo, informa um comunicado divulgado do escritório de advocacia.
Apesar disso, Othsuru não revelou as razões e nem quem assumirá a defesa de Ghosn a partir de agora. Ohtsuru foi chefe de investigações especiais da Promotoria do distrito de Tóquio em 2005 e é especializado em crimes financeiros, entre outras áreas.
Ghosn afirmou que a mudança de advogados é “a primeira etapa de um processo” que permitirá “restabelecer sua inocência”.
“Estou impaciente para poder me defender, com vigor, e esta escolha representa para mim a primeira etapa de um processo não apenas para restabelecer minha inocência, mas também para jogar luz sobre as circunstâncias que levaram a minha detenção injusta”, afirmou em um comunicado enviado à imprensa.
A demissão dos advogados aconteceu antes da reunião prevista para quinta-feira entre advogados, juízes e promotores para preparar o julgamento.
O empresário franco-brasileiro-libanês de 64 anos está detido em Tóquio desde 19 de novembro por supostas fraudes financeiras, abuso de confiança e de dissimulação de renda às autoridades entre 2010 e 2018.
(Com AFP e EFE)