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Ajuste fiscal vai ficar para depois, indicam economistas

Cenário de incerteza deve dominar bolsa de valores, pelo menos por enquanto, e taxa de juros não será alterada no curto prazo

Por Daniel Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jul 2025, 12h33 - Publicado em 15 jul 2025, 12h13

O tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dominou as ações do governo federal nos últimos dias e levou a um novo embate entre situação e oposição em Brasília. Mas também colocou de lado a discussão em torno da questão fiscal do país. Pelo menos é essa a opinião de dois especialistas consultados por VEJA NEGÓCIOS sobre o tema.

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, e Felipe Salto, também economista-chefe, mas da Warren Investimentos e ex-secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, a questão fiscal ficou mesmo em segundo plano. “Segue sendo o grande enigma não resolvido. Mas a superação desse problema só virá a médio prazo. Por ora, a Fazenda seguirá apagando incêndios e tentando evitar novas bombas armadas cotidianamente pelo congresso nacional”, afirma Salto.

Vale diz que o tema é sempre uma prioridade, “mas neste momento não tem espaço pra isso”. De acordo com ele, a questão mais uma vez será empurrada com a barriga. “A gente está se aproximando da eleição e a questão fiscal ficou só para 2027″.

A expectativa do governo é encerrar o ano com déficit primário de 72,1 bilhões de reais. Em março, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) previa superávit de 14 bilhões de reais.

E a taxa básica de juros?

Quando o assunto é a Selic, ambos também esperam movimentos mais à frente. Para o investidor, a certeza é que nada muda. O economista da MB indica que o eventual início do ciclo de queda, se ocorrer, vai ser apenas no fim do ano. Enquanto isso, a autoridade monetária seguirá observando os indicadores de sempre: a inflação que começa a arrefecer e o câmbio que apesar de alta recente está em patamar, segundo ele, baixo.

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“Não vejo alterações no curtíssimo prazo. O Banco Central tem sinalizado para a preservação da Selic no nível atual, de 15%”, indica Salto. Para ele, então, essa sinalização significa boa vantagem comparativa para os ativos de renda fixa. No radar, seguem os títulos públicos ou privados.

Então, ainda sem uma definição em relação ao tarifaço de Trump e se ele vai mesmo ocorrer, o que fica para o investidor de bolsa de valores é que o período de incerteza vai permanecer. Ou tomando emprestada a fala de Vale, o período é de incertezas. Com isso, o ponto de interrogação natural recai sobre o fôlego da bolsa de valores. O Ibovespa superou os 140 mil pontos recentemente e tudo indicava que ultrapassaria os 150 mil até o fim do ano – consolidado um movimento esperado ainda no fim do ano passado. E agora?

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