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Americanas confirma que foi vítima de fraude contábil e quer ressarcimento

Em fato relevante, a empresa diz que a fraude se deu por lançamentos indevidos de contratos de verbas de propaganda cooperada e operações de 'risco sacado'

Por Camila Pati Atualizado em 17 jul 2024, 10h36 - Publicado em 17 jul 2024, 09h47

Em fato relevante divulgado na noite de terça-feira, 16, pelas Americanas, a empresa informa que uma investigação independente confirmou a existência de uma fraude contábil. 

Segundo as evidências apresentadas ao Conselho de Administração da empresa, a fraude é caracterizada principalmente por “lançamentos indevidos na conta Fornecedores por meio de contratos fictícios de VPC (verbas de propaganda cooperada) e por operações financeiras conhecidas como “risco sacado”, dentre outras operações fraudulentas e incorretamente refletidas no balanço da Companhia.”

 A empresa informa que os responsáveis por comandar ou orquestrar as fraudes identificadas não trabalham mais para a companhia que irá  tomar as providências necessárias para comunicar os fatos às autoridades competentes, a saber: Ministério Público Federal, Polícia Federal, Comissão de Valores Mobiliários e demais autoridades.

Além disso, as Americanas informam que continuarão a colaborar com as investigações e que o Conselho de Administração orientou que a Diretoria avalie as medidas que serão adotadas para a defesa dos interesses sociais da companhia e o ressarcimento pelos prejuízos causados à empresa.

 

Entenda o caso

O escândalo sobre a fraude nas Americanas começou no dia 11 de janeiro do ano passado, quando a empresa comunicou inconsistências contábeis no valor de cerca de R$ 20 bilhões. Recém contratado como CEO, o executivo Sérgio Rial, deixou o cargo, assim como o CFO, André Covre. Os dois ficaram apenas alguns dias. No dia seguinte, as ações da empresa caíram quase 80% e a empresa perdeu mais de R$ 8 bilhões em valor de mercado.

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As investigações da Polícia Federal começaram ainda no início de 2023 e indicam que a fraude maquiou os resultados financeiros do conglomerado a fim de demonstrar um falso aumento de caixa e consequentemente valorizar artificialmente as ações da empresa na bolsa. Com a manipulação, segundo a PF, os executivos recebiam bônus milionários por desempenho e tinham lucros ao vender as ações infladas no mercado financeiro.

O esquema foi definido pelo atual CEO da empresa, Leonardo Coelho, como um processo complexo e engenhoso, e são vários os crimes investigados pela PF: manipulação de mercado, uso de informação privilegiada (ou insider trading), associação criminosa e lavagem de dinheiro.  Se forem condenados, os envolvidos poderão pegar até 26 anos de prisão.

 

 

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