A partir desta sexta-feira, 11, cerca de 2 040 bets irregulares serão retiradas do ar por determinação da Anatel, com o apoio das empresas de telefonia e das 20 mil prestadoras de serviços de internet no Brasil.
O ministro Fernando Haddad disse que o bloqueio poderá demorar um pouco mais para alguns sites, já que pequenas empresas podem demorar mais para bloquear o acesso.
O governo federal afirma que as bets ilegais têm o dever de devolver os recursos aos consumidores, mesmo após serem bloqueadas. No entanto, como essas empresas não iniciaram o processo de adequação às novas regras, há receio de que o saque se torne mais complicado.
A orientação é para que os apostadores que não conseguiram retirar os saldos das contas nos sites procurem os órgãos de defesa do consumidor e de segurança em seus estados. De acordo com o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, o número de sites ilegais que serão derrubados aumentou dos 600 previstos inicialmente para cerca de 2.040 deverão sair do ar. “Pode acontecer da pessoa ainda conseguir acessar um desses sites por um ou dois dias, mas amanhã [sexta, 11] a lei começa a vigorar da maneira que foi aprovada pelo Congresso Nacional”, disse.
Não é possível saber quantos reais foram sacados de bets irregulares até agora, já que muitas não estão em território nacional. “Muitos desses sites não estão em território nacional. Não tem endereço no Brasil. Aliás, a pessoa pode estar fazendo uma aposta, inclusive, no que ela pensa ser uma casa de apostas e não é. É só uma fraude. Então, por isso que as providências estão sendo tomadas, porque as pessoas estão sendo levadas a erro”, afirmou o ministro.
Haddad disse ainda que as big techs, emissoras e concessionárias de serviço público, jornais e revistas não farão publicidade dessas bets irregulares, o que vai tornar mais difícil para essas empresas acessarem o apostador, caso mudem de endereço eletrônico. “O novo endereço não vai estar disponível”, diz.