Antes da pandemia do coronavírus atingir em cheio o Brasil, a economia brasileira mostrava sinais de aquecimento. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de fevereiro apresentou alta de 0,35%, informou nesta terça-feira, 14, o Banco Central (IBC-Br). Conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia a evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O indicador vinha de quedas em novembro, dezembro e janeiro, em que se podia considerar a chamada recessão técnica. Com a reação em fevereiro, fechou primeiro bimestre em alta de 0,33%, na comparação com o mesmo período do ano passado, e de 0,66% em doze meses até fevereiro.
O primeiro caso de Covid-19, doença causada pelo coronavírus, foi registrado em 25 de fevereiro no Brasil. Desde então, há mais de 23 mil casos no país e 1.328 mortes em decorrência da doença. Em março, diversos estados e municípios começaram a tomar medidas de distanciamento social orientadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o fechamento de comércio e serviços não essenciais, para tentar diminuir a curva de contágio. Logo, o impacto da pandemia na economia brasileira deve ser sentido avaliando resultados de março.
Com o avanço no número de casos e medidas para mitigar a propagação, a perspectiva para a economia brasileira este ano ruiu. Segundo projeções do mercado financeiro, o PIB deve encerrar o ano com queda de 1,96%. A estimativa é menos pessimista que entidades internacionais. O Banco Mundial prevê um tombo de 5% na economia brasileira e o Fundo Monetário Internacional (FMI) de 5,3%.
Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. A divulgação oficial do sobre o desenvolvimento da economia no primeiro trimestre será divulgado no dia 29 de maio. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes.