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Apoio de empresários a Tebet desidrata e parte de votos migra para Lula

Signatários do manifesto "A Melhor Via para o Brasil" admitem vitória 'improvável' da emedebista; enquanto uns migram para Lula, outros se mostram leais

Por Felipe Mendes Atualizado em 28 set 2022, 16h53 - Publicado em 28 set 2022, 13h56
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  • SAO PAULO, BRAZIL - AUGUST 28: Candidate Simone Tebet of the Brazilian Democratic Movement (MDB) speaks before the first presidential debate ahead of October 02 elections at TV Bandeirantes studios on August 28, 2022 in Sao Paulo, Brazil. Brazilians will vote for president on October 2 and polls predict a close fight between the incumbent Bolsonaro and former president Lula Da Silva. (Photo by Rodrigo Paiva/Getty Images)
    'TEBET 2026' - Empresários signatários de manifesto em junho admitem que candidatura da emedebista não 'decolou' da forma como imaginavam, mas mantêm apoio - (Rodrigo Paiva/Getty Images)

    A fim de quebrar a polarização nas eleições presidenciais deste ano, um grupo de pesos pesados do PIB brasileiro decidiu se posicionar em prol da candidatura de Simone Tebet (MDB). O aceno foi em junho, quando mais de 280 nomes, entre economistas e empresários, divulgaram um manifesto intitulado “A Melhor Via para o Brasil”, em alusão à chamada terceira via eleitoral. Três meses depois, muitos dos signatários se mantêm fiéis à candidata, embora admitam que sua vitória seja “quase impossível”, mas uma parte considerável ensaia trocar de voto, uma vez que Tebet não decolou nas pesquisas até então.

    Tebet é bem vista pelo empresariado dado o seu histórico de pautas defendidas no Congresso enquanto senadora. Além disso, há nomes relevantes por trás da campanha da advogada e política que representa o MDB no pleito, tais como os economistas José Roberto Mendonça de Barros (ex-secretário de política econômica do Ministério da Fazenda no governo Fernando Henrique Cardoso), Elena Landau (que esteve à frente do Programa Nacional de Desestatização do governo FHC), Edmar Bacha (integrante da equipe que criou o Plano Real), Candido Bracher (ex-CEO do Itaú) e Pedro Passos (cofundador da Natura).

    Questionada por VEJA, Tebet disse que sua “obsessão” é gerar emprego e estimular o empreendedorismo. “Minha obsessão como presidente do Brasil é emprego, emprego e mais emprego, para acabar com a fome. Minha eleição é a única que pode trazer de volta um ambiente de paz para que o investimento volte e o país possa crescer. Meu governo será parceiro da iniciativa privada, de quem quer trabalhar e produzir, daqueles que realmente acreditam e confiam no nosso Brasil”, afirmou ela.

    Um dos signatários do manifesto, o empresário Antônio Carlos Pipponzi, presidente do conselho do conglomerado RaiaDrogasil, revelou que criou um grupo de debate com 28 empresários de “primeira linha” e com a “cabeça muito aberta” com o intuito de discutir uma terceira via. “Todos estavam desanimados e insatisfeitos e não se sentiam representados pelas candidaturas de Lula e de Bolsonaro. Então nós iniciamos o processo de procurar uma terceira via. Tivemos muitos contatos com a Simone, promovemos bastante eventos com ela”, diz Pipponzi. “Mas, hoje, eu vejo poucas chances de ela se eleger. Não vou dizer que eu não acredito nas pesquisas, até porque eu acredito bastante. Elas são muito confiáveis.”

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    Empresário influente, tendo sido presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) e um dos principais responsáveis pela expansão da rede Droga Raia no Brasil, ele acredita que Tebet se mostrou uma grande liderança e pede que a emedebista volte a concorrer em 2026. “Espero que o candidato eleito pense como a Simone e que ela possa ser, no futuro, mais conhecida e possa ser elegível, quem sabe em 2026″, afirma. Para ele, o mais importante é que o vencedor fortaleça a democracia e as instituições do país. “A primeira coisa que precisamos é a unidade do país. O país não pode ficar fracionado dessa forma. O país com a população tão polarizada, de uma forma tão negativa, divide não só a população em si, mas como divide o Congresso e se transforma em algo muito difícil de ser governado. Essa é a primeira coisa que eu espero.”

    Outro signatário do manifesto, Tomas Alvim, empresário especialista em mobilidade urbana, diz que a ideia do texto de apoio “era discutir uma agenda para o país e sair dessa polarização”, afirmou. “A Simone tem uma candidatura que apresentou uma agenda, que tem uma proposta para o Brasil. Caso ela fosse para um segundo turno, a discussão não seria mais sobre antagonismos e beligerâncias, e sim uma discussão sobre os projetos que cada candidato apresenta para o país. A ideia era essa, apoiar uma candidata que vinha com uma trajetória muito consistente seja no Executivo ou no Legislativo e que formou uma equipe de assessores para montar uma agenda, uma proposta para um mandato consistente. Foi isso que nos uniu a apoiar a Simone Tebet.”

    Também há, no seleto grupo, aqueles que já admitem ter mudado de ideia. O caso mais simbólico é o do jurista Miguel Reale Júnior, um dos protagonistas do impeachment de Dilma Rousseff, que declarou voto na candidatura de Lula frente a Jair Bolsonaro (PL). “Sem perspectiva de vitória da terceira via, é importante que Lula vença no primeiro turno. […] Decidir por Lula é consequência de saber que assim se evitará ataques à democracia, à dignidade da pessoa humana e ao meio ambiente, que, com certeza, sucederão com maior intensidade em novo mandato do Bolsonaro”, afirmou o jurista. Pensamento semelhante é o do consultor e empresário no ramo de energia David Zylberstajn. “Eu mudei meu voto. Eu tinha uma expectativa [ao apoiar a Tebet], mas que não aconteceu, então eu serei pragmático. A Simone pode ficar para o futuro, se for o caso.”

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