Após quatro meses seguidos de queda, a atividade econômica reagiu em maio e registrou alta de 0,54% em relação ao mês de abril. O cenário é trazido pelo IBC-Br, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 15.
No período trimestral (março, abril e maio), o indicador teve queda de 0,99%. Tanto o índice mensal quanto o trimestral, foram calculados com ajuste sazonal, quando são considerados períodos diferentes, levando em conta os números de dias úteis e feriados.
A atividade econômica positiva para o mês de maio difere das previsões pessimistas divulgadas pelo mercado financeiro, governo e o próprio Banco Central. No fim de junho, o BC previu o PIB no fim do ano a 0,82%, afirmando que a atividade continuava baixa no segundo trimestre. Na sexta-feira, o Ministério da Economia disse que o PIB deve ficar em 0,81%, mesma previsão feita por economistas no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira.
Na comparação com maio de 2018, a atividade econômica de maio deste ano aumentou 4,40% (sem ajuste para o período, comparando meses iguais). Neste mês do ano passado, entretanto, a atividade econômica foi fortemente prejudicada pela greve dos caminhoneiros.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. O indicador oficial, entretanto, é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.