Apple considera ações legais contra ordem de imigração de Trump
Em entrevista a jornal americano, Tim Cook, CEO da companhia, disse que centenas funcionários foram afetados por decreto do republicano
A Apple pode ser a próxima grande empresa de tecnologia a tomar ações legais contra a proibição de viagens do presidente americano Donald Trump. Em entrevista ao The Wall Street Journal, o CEO da companhia, Tim Cook, disse que a fabricante está considerando algumas opções sobre a ordem executiva de Trump, que afetou centenas de seus funcionários.
“A Apple não existiria sem a imigração, muito menos conseguiria prosperar e inovar da maneira que fazemos”, disse Cook no fim de semana. Além das centenas de funcionários do quadro da companhia, Cook aproveitou para lembrar de Steve Jobs, um dos fundadores da Apple, e seu antigo CEO, filho de imigrantes sírios que foram aos Estados Unidos estudar, em 1952.
Na última sexta-feira, Trump assinou um decreto que barra a entrada no país de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Iraque, Iêmen, Síria, Irã, Sudão, Líbia e Somália) por 90 dias. O presidente também suspendeu o programa de recepção de refugiados durante 120 dias.
Cook não forneceu detalhes sobre qual será a abordagem da companhia, mas deixou claro que “queremos ser construtivos e produtivos”. Ele disse ao jornal americano que está em contato com “pessoas muito influentes na Casa Branca” para tentar persuadi-las a revogar a ordem.
A Apple é uma das muitas empresas de tecnologia que se manifestaram contra a proibição, o que causou caos e confusão em todo o mundo e desencadeou protestos em aeroportos. Nesta semana, Amazon e Expedia também se pronunciaram contra a decisão do republicano.