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Argentina intervém no câmbio pela primeira vez em regime flutuante e vende US$ 53 milhões

O dólar disparou 37% em cinco meses, gerando problemas para o governo Milei pouco antes da eleição legislativa de outubro

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 set 2025, 11h10 - Publicado em 18 set 2025, 11h39

O banco central da Argentina interveio na cotação local do dólar pela primeira vez desde a adoção do regime cambial flutuante, em abril. A autoridade monetária vendeu 53 milhões de dólares (equivalentes a cerca de 280 milhões de reais) para conter a escalada da moeda americana no país, segundo boletim divulgado na noite de quarta-feira, 17. A intervenção, que expõe uma situação difícil para o governo de Javier Milei, levou as reservas cambiais do país para 3,9 bilhões de dólares.

Desde que a Argentina adotou o regime de câmbio flutuante, no dia 14 de abril, o valor do dólar em relação ao peso disparou em mais de 37%, indo de uma cotação de 1.074 pesos para 1.474 pesos — teto da banda estabelecida, que cresce em 1% ao mês. A implementação do câmbio flutuante, incluindo a banda limite, é parte de um acordo do governo Milei com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em troca, o país recebeu uma ajuda emergencial de 20 bilhões de dólares (cerca de 105 bilhões de reais).

O governo de Javier Milei enfrenta um dilema. A Argentina precisa controlar a inflação local e o câmbio, mas sem grandes prejuízos às suas reservas internacionais, necessárias para o pagamento da dívida do país com o FMI.

As próximas eleições legislativas argentinas ocorrem em pouco mais de um mês, no dia 26 de outubro, tornando o momento atual decisivo para Milei. A instabilidade decorrente do câmbio é uma fonte de rejeição para o governo, que já perdeu a eleição recente na província de Buenos Aires. Uma alternativa às intervenções seria a ampliação do teto de tolerância da cotação do dólar, mas isso não resolve o problema político da instabilidade cambial no país. Nesse sentido, a expectativa do mercado é que o governo Milei deve intervir novamente no câmbio nas próximas semanas se for necessário.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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