A receita do governo federal com impostos somou em agosto 208,79 bilhões de reais. Trata-se de uma queda de 1,5% na comparação com agosto do ano passado, quando considerados os valores corrigidos pela inflação, e o primeiro recuo registrado em quase dois anos. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 23, pela Receita Federal.

A última vez em que isso aconteceu, ou seja, que a arrecadação mensal foi menor do que o mesmo mês um ano antes, havia sido em novembro de 2023, ainda no primeiro ano do governo Lula. A retração anual estanca, também, a sucessão de recordes históricos que a arrecadação vem registrando mês após mês ao longo do ano passado inteiro e deste ano também.

Entre os motores que ajudaram a engordar o recolhimento de impostos nesse período, estão tanto o crescimento econômico forte dos últimos anos, e que já começa a perder fôlego, como a agenda do governo Lula de investir em medidas arrecadatórias para cobrir as despesas crescentes – e sem sucesso, já que as contas continuam no vermelho. A retração nos impostos registrada em agosto é um primeiro sinal de que o esgotamento desses dois modelos já começa a impactar, também, os cofres públicos.

Apesar do recuo, a arrecadação levantada no mês de agosto é a segunda maior para o mês da série histórica, iniciada em 1995, perdendo apenas para agosto de 2024. No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação federal chegou a 1,8 bilhões, aumento de 3,7% acima da inflação ante os mesmos meses do ano passado.

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