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As ideias mais ‘perigosas’ de Lula para conter a inflação dos alimentos

Depois do Carnaval, o governo também deve anunciar ações para conter a escalada dos preços

Por Da redação
26 fev 2025, 12h58

Acima do índice oficial de inflação do Brasil, o IPCA, a inflação dos alimentos tem pesado no bolso da maioria da população brasileira e afetado a popularidade do presidente. Dois a cada três eleitores desaprovam o governo. Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 26, mostra que 90% da população de oito estados brasileiros – incluindo São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Bahia (BA) – percebeu a alta nos preços dos alimentos.

Nos últimos 12 meses, o grupo alimentos e bebidas registrou 7,12% de alta, enquanto a inflação geral foi de  4,96%, no período. A alta, no entanto, vem há bem mais tempo, segundo explica o economista André Braz, coordenador de índices de preços do FGV IBRE. 

Nos últimos cinco anos, o preço da alimentação no domicílio subiu 55%, bem acima da inflação geral do período, que ficou em 33%, segundo o IPCA, do IBGE. 

O presidente tem  dito que o Brasil se tornou o supermercado do mundo e prometido em suas entrevistas mais recentes, resolver o problema dos alimentos, garantindo que os preços vão baixar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad,  também  tem dado declarações apostando que os preços devem começar a cair a partir de março. 

Depois do Carnaval, o governo também deve anunciar ações para conter a escalada dos preços. O Planalto nega que vá tomar alguma medida heterodoxa para  deixar os alimentos mais baratos, como congelar os preços. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, chegou a negar qualquer possibilidade de congelamento de preços, tabelamento, fiscalização, rede estatal de supermercados ou lojas para vender produtos. “ Isso não existe”, declarou no fim de janeiro.

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O presidente tem prometido se reunir com os setores produtivos  e atacadistas para chegar a uma solução. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deve levar representantes dos produtores de carnes, açúcar, etanol e biodiesel para novas reuniões na Casa Civil nesta quinta-feira, 27.

Em reuniões com seus ministros, Lula também tem avaliado medidas, como a redução da alíquota de importação de alimentos que estiverem com preços mais elevados no mercado interno em relação ao mercado internacional. Segundo têm sido divulgado, o presidente ainda não tomou sua decisão.

A redução de tarifas de importação é a medida que primeiro foi anunciada pelo governo,  Avaliação da possibilidade de diminuir impostos sobre a importação de determinados alimentos para ampliar a oferta e aliviar os preços no mercado interno começou ainda no fim de janeiro.

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 Na mesa do governo  também estão ideias sobre uma possível  limitação das exportações, com estudo sobre a imposição de cotas para restringir a venda de produtos agropecuários ao exterior. Mas o governo já teria sinalizado ao setor agropecuário que não vai fazer isso. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, é contra a interferência do governo nas exportações do agronegócio e teria ameaçado deixar o cargo caso essa proposta vá para frente.

Outra possibilidade é a tributação sobre exportações. Também já foram apresentadas ideias a respeito de cobrar impostos sobre parte da produção agropecuária destinada ao mercado externo para reduzir preços internamente.

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