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As melhores maneiras de gastar o dinheiro do 13° salário, segundo especialista

Benefício será pago aos trabalhadores até o fim do mês de novembro

Por Leticia Yamakami 8 nov 2024, 17h50

Com a chegada do mês de novembro, os trabalhadores brasileiros aguardam o pagamento do 13º salário, direito de quem possui carteira assinada e de servidores públicos. O benefício é pago normalmente em duas parcelas: a primeira até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro. Para calcular o valor, basta dividir o montante do salário bruto por doze e depois multiplicar o resultado pelo número de meses trabalhados no ano. Para que o mês seja contabilizado no cálculo, é necessário que o funcionário tenha ao menos 15 dias trabalhados nesse período.

É importante lembrar que o valor líquido do 13º salário — o quanto cai na conta do trabalhador — é menor do que o encontrado no cálculo, já que são descontados cifras do Imposto de Renda (IR), da Previdência (INSS) e a dedução por dependente (fixada em 189,59 reais por dependente). Também deve ser considerada a média recebida de horas extras, comissões, bonificações e adicionais, exceto prêmios pagos e Participação nos Lucros.

Daniel Santos, consultor econômico especialista da Zanella Wealth, explica com exclusividade a VEJA suas recomendações sobre as melhores formas de gastar o valor do 13°. “Em primeiro lugar, sem dúvidas pague suas dívidas se você as tiver, mas é preciso analisá-las”. Ele reforça que parcelas feitas no cartão de crédito, por exemplo, não precisam ser pagas com o dinheiro do benefício, visto que o próprio salário mensal do trabalhador já as cobre, na teoria. “Quem está com o ‘nome sujo’ ou com a conta negativada pode honrar o dinheiro do 13° pedindo o máximo de descontos nessas dívidas.”

Nos feirões Serasa Limpa Nome, mutirões de negociação de dívidas, são ofertados descontos de até 99% sobre elas se o devedor tiver uma quantidade considerável de dinheiro em mãos. Nesses casos, quitar dívidas é a melhor opção de uso do benefício. Se essa não for a situação em que se encontra o funcionário, mas ele possui um bem que está sendo financiado — como um apartamento próprio —, Daniel ressalta que é possível amortizar os valores de suas últimas parcelas, porque elas não possuem juros.

Aqueles que não estão dentro desses cenários conseguem aproveitar para fazer as compras de presentes natalinos. “Uma dica é aproveitar a Black Friday, porque, quando o Natal vai se aproximando, os preços também vão se elevando”, diz o consultor. Além disso, ele reforça a relevância de investir o valor que sobra em aplicações como o CDB. “É importante fazer uma poupança, pois janeiro é um mês penoso para o bolso do brasileiro em decorrência de impostos como o IPTU e gastos como material escolar dos filhos”, afirma.

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