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Auxílio-desemprego nos EUA atinge maior nível no ano, mas não é motivo de alerta

Número subiu para 242 mil, acima dos 225 mil. Especialistas apontam que fatores sazonais influenciaram os dados e que o mercado de trabalho segue forte

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 fev 2025, 11h44 - Publicado em 27 fev 2025, 11h29

Os números de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos atingiram o maior nível no ano. Na semana encerrada em 27 de fevereiro, foram registrados 242 mil novos pedidos, superando a estimativa revisada de 220 mil da semana anterior. Apesar do salto, economistas ainda não enxergam sinais de deterioração significativa. Esse também é o maior patamar em cinco meses, quando foram registrados 258 mil pedidos em 10 de outubro.

O aumento nos pedidos iniciais de seguro-desemprego chamou atenção por ficar bem acima das expectativas de mercado, que previam um número mais conservador de 225 mil. Contudo, analistas alertam para os efeitos de fatores sazonais, que podem distorcer os dados nesta época do ano, e sugerem que os números não refletem uma virada estrutural no mercado de trabalho. O modelo de ajuste sazonal do governo tem histórico de gerar variações temporárias nos dados de pedidos durante esse período do ano. Além disso, a economia americana continua beneficiada por um consumo doméstico robusto e um setor de serviços resiliente, pilares que têm protegido o país de uma desaceleração mais acentuada.

Os pedidos continuados de seguro-desemprego, que medem aqueles que permanecem no benefício, registraram uma leve queda de 5 mil, somando 1,862 milhão na semana encerrada em 15 de fevereiro, o que reforça a noção de que a força de trabalho americana ainda se mantém estável. O panorama do emprego nos Estados Unidos segue robusto, com um nível de demissões historicamente baixo. Esse fenômeno tem sustentado a expansão econômica, dificultando a tarefa do banco central americano, o Federal Reserve (Fed) em reduzir a taxa de juros. Na última reunião do banco, o Fed manteve as taxas inalteradas, na faixa de 4,25% a 4,50%. A decisão do Fed de pausar os ajustes nas taxas de juros reflete uma estratégia de esperar e ver, à medida que a instituição busca equilibrar o risco de uma inflação mais alta. As políticas fiscais e comerciais implementadas pelo  governo Trump, como as tarifas sobre importações, são vistas como inflacionárias, e o banco central tem agido para conter possíveis pressões de preços.

Contudo, o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego levanta uma questão crucial: até quando o mercado de trabalho dos EUA conseguirá se manter resiliente em um ambiente econômico global cada vez mais incerto?  Para o Fed, a grande incógnita permanece em torno de quanto tempo será possível manter a atual trajetória sem que uma mudança significativa no emprego ou na inflação exija uma nova intervenção. Com a economia global enfrentando ventos contrários, os próximos meses serão cruciais para avaliar se os pedidos de auxílio-desemprego seguirão apenas uma variação sazonal ou se há algo mais profundo à espreita.

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