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Avianca só poderá operar em Porto Alegre e Fortaleza se pagar antes

Em nota, a empresa que administra os terminais orienta passageiros a verificar junto à companhia qual a situação dos voos antes de ir ao aeroporto

Por Da redação
Atualizado em 9 abr 2019, 17h19 - Publicado em 9 abr 2019, 09h34

A Avianca Brasil não poderá operar mais nos aeroportos de Fortaleza e Porto Alegre a partir da quinta-feira 11 se não repassar com antecedência as taxas de embarque para a Fraport, que administra os terminais.

A administradora dos aeroportos recomenda que os passageiros com viagem marcada para esses destinos deverão verificar se o voo está confirmado com a empresa aérea, informou a concessionária. A Avianca tem atrasado os repasses para a Fraport desde setembro, e a dívida chega a 14,5 milhões de reais com os dois aeroportos.

Segundo a Fraport, a Avianca deixa de repassar, diariamente, 20.000 reais em taxas para o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e 50.000 reais para o Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza. A operação só poderá ser feita se o repasse diário for feito de forma antecipada.

Procurada, a Avianca Brasil disse que segue operando normalmente e que cumpre a resolução 400 da Anac, que dá direito a reembolso integral em caso de cancelamento de voos. 

Na semana passada, a empresa teve um voo impedido de decolar por conta da retomada de uma aeronave. O avião partiria de Brasília para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e foi evacuado por oficiais de Justiça. A Avianca, no entanto, havia revertido a decisão e o avião não foi reintegrado. O voo, que sairia às 19h de quinta-feira de Brasília só decolou às 1h18 do local.

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Recuperação judicial

Em 11 de dezembro do ano passado, a Avianca Brasil entrou com pedido de recuperação judicial. O objetivo era evitar a paralisação de suas atividades, já que a companhia aérea enfrenta dificuldades para manter aviões arrendados por falta de pagamento aos fornecedores e também vem atrasando o recebimento de taxas aeroportuárias.

A Avianca é a quarta maior companhia aérea do país e suas dívidas somam quase 500 milhões de reais. A companhia chegou a devolver, em dezembro do ano passado, duas aeronaves Airbus A330 para as empresas de arrendamento.

Os credores da empresa aprovaram na última sexta-feira o plano de recuperação judicial da empresa aérea, que prevê a divisão dos ativos da companhia em sete Unidades Produtivas Independentes (UPI).

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Elas conterão, principalmente, as autorizações de pouso e decolagem (slots) da Avianca e irão a leilão. Gpl e Latam já se comprometeram, cada uma, a ficar com pelo menos uma delas por 70 milhões de dólares (aproximadamente 270,3 milhões de reais).  A Azul havia assinado um pré-acordo para a compra de ativos no valor de 105 milhões de dólares (aproximadamente 405 milhões de reais). 

(Com Estadão Conteúdo)

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