Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Banco Central interrompe altas e mantém Selic em 13,75%

Copom muda diretriz devido a desaceleração da inflação e crescimento do PIB

Por Luana Zanobia Atualizado em 21 set 2022, 23h56 - Publicado em 21 set 2022, 18h39

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, no patamar atual de 13,75%, em linha com a expectativa da grande maioria do mercado. Essa é a primeira manutenção da taxa desde o ciclo de elevações, que começou em março de 2021. “O comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2023 e, em grau menor, o de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, afirma a nota.

No comunicado, o comitê sinaliza uma manutenção da taxa em patamar elevado para tentar levar a inflação para a meta. “O Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.”

Diferentemente das demais reuniões do Copom em que as elevações na taxa de juros eram amplamente previsíveis, a expectativa para esta quarta-feira, 21, continha bastante incerteza, com parte do mercado esperando pela manutenção da taxa e outra pela elevação residual de 0,25 ponto porcentual. Na última ata, o Banco Central comunicou o desejo de manter a taxa de juros no patamar atual, ressaltando que a Selic deveria ser mantida em território contracionista por um período suficientemente prolongado.

A decisão pela manutenção da taxa sinaliza as preocupações do Banco Central com os efeitos contracionistas que uma nova elevação poderia causar na economia em um momento em que o mundo se encaminha para uma desaceleração global. O banco avalia que ainda há muita incerteza no cenário de energia na Europa, na dinâmica de setores mais sensíveis a juros nos Estados Unidos e nas perspectivas de crescimento mais gradual na China. Além disso, a intensificação da ofensiva russa na guerra da Ucrânia adiciona mais riscos para o cenário econômico global, exigindo cautela dos bancos centrais.

Apesar dos riscos externos, com a elevação de juros nas principais economias, que podem gerar fuga de capital e pressionar os preços internamente, a antecipação da alta de juros no Brasil, na frente mesmo de países como os EUA, é um dos motivos apontados pelos especialistas que permitem ao Banco Central manter a taxa. “Estamos confortáveis com o patamar atual”, diz Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), para a maior parte dos economistas, o processo de desinflação já foi iniciado, o que permite ao BC interromper o ciclo de alta da Selic.

Para a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), apesar de os componentes mais sensíveis à atividade e à política monetária ainda se manterem acima do intervalo compatível, a decisão pela manutenção foi adequada, pois a taxa real de juros já se encontra em terreno fortemente contracionista. “Mesmo com elevado grau de incerteza, a manutenção da Selic por um período suficientemente longo deverá garantir a convergência da inflação, assim como a ancoragem das expectativas”, avalia.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.