Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Banco Central pausa ciclo de alta e mantém a taxa de juros em 15% ao ano

Comitê de Política Monetária, liderado por Gabriel Galípolo, divulgou comunicado justificando a decisão no início da noite desta quarta

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2025, 19h38 - Publicado em 30 jul 2025, 18h37

Como esperado pela ampla maioria dos economistas, investidores e agentes do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros em 15% ao ano nesta quarta-feira, 30. É a primeira pausa após sete elevações seguidas.

:: Análise: Copom diz que não hesitará em retomar ciclo altista; confira ::

A decisão divulgada agora confirma a indicação dada pela autoridade monetária na ata da última reunião, realizada em 18 junho, de  interromper o movimento de alta iniciado ainda na gestão de Roberto Campos Neto, antecessor de Gabriel Galípolo no Banco Central. Desde setembro, a Selic subiu 4,5 pontos percentuais, alcançando o maior patamar em quase 20 anos.

Na reunião anterior, quando elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano, o Copom  havia sinalizado que pretendia fazer uma pausa para “examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado” e avaliar se a manutenção da taxa por período “bastante prolongado” seria suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

O fator inflação

Continua após a publicidade

Apesar do juro elevado, a inflação segue fora do parâmetro definido anteriormente pelo governo. No acumulado de 12 meses, o IPCA está em 5,35%, acima portanto do teto da meta contínua de 4,5% (meta central de 3%). Ao analisar os dados mais recentes do IPCA-15, referentes à primeira quinzena de julho, especialistas enxergam que há uma tendência de desaceleração da inflação, mas a variação, ainda que pequena, foi positiva: 0,33%, puxada pela bandeira vermelha na conta de luz. O resultado reforçaria a cautela da autoridade monetária que vem tendo que justificar o estouro da meta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Gabriel Galípolo
Gabriel Galípolo – 13/06/2023 (Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda/Divulgação)

Com a mudança do regime de metas de anual para contínua, o presidente do Banco Central é obrigado a justificar o estouro em carta ao ministro da Fazenda. E Galípolo já enviou duas cartas desde que assumiu, explicando as razões para a divergência. Esse sistema prevê prestação de contas sempre que a inflação fica acima do teto por seis meses consecutivos.

Continua após a publicidade

As projeções de mercado seguem apontando para o descumprimento da meta em 2025, ainda que tenham passado por revisões recentes. Segundo a pesquisa semanal do BC, a mediana para o IPCA do ano está em 5,09%, com a Selic mantida em 15% ao longo de 2025.

A deterioração do cenário externo também reforça a necessidade da manutenção dos juros em patamar elevado. Às vésperas do tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil, o nível de incerteza é alto, e isso demanda cautela e observação do Banco Central, sobretudo a respeito do tamanho do estrago a ser causado pela guerra comercial.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas.

ÚLTIMA SEMANA

Digital Completo

O mercado não espera — e você também não pode!
Com a Veja Negócios Digital , você tem acesso imediato às tendências, análises, estratégias e bastidores que movem a economia e os grandes negócios.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 2,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.