O Banco Mundial reduziu as previsões de crescimento do Brasil de 2018 e para este ano. Em junho, a instituição estimava que o País avançaria 2,4% no ano passado, mas agora prevê alta de 1,2%, numa das maiores reduções de projeção para países. Para 2019, a instituição baixou a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2,5% para 2,2%.
O banco manteve a avaliação de que a economia nacional deve registrar uma expansão de 2,4% em 2020. Estas considerações foram divulgadas no relatório Perspectivas Econômicas Globais, cujo subtítulo é “Céus Escurecendo”.
De acordo com o Banco Mundial, o crescimento do País ficou “sem brilho” em 2018, em boa medida refletindo efeitos da greve dos caminhoneiros sobre o nível de atividade e “incertezas políticas”.
“Uma expansão de 2,2% (em 2019) está prevista para o Brasil, pressuponde-se que reformas fiscais sejam rapidamente implementadas e que a recuperação do consumo e investimento supere os cortes nas despesas públicas”, destacou o documento, sem fazer uma menção direta à mudança estrutural na Previdência Social, que é projetada pelo governo de Jair Bolsonaro.
O Banco Mundial também reduziu ligeiramente a projeção de crescimento global em 0,1 ponto porcentual a cada ano entre 2018 e 2020.
Em junho, o banco previa uma expansão de 3,1% em 2018, mas baixou para 3,0% e reduziu a estimativa de 3% para 2,9% em 2019.
Para 2020, a projeção recuou de 2,9% para 2,8%. A revisão está relacionada ao aperto das condições financeiras globais, que deriva, em boa medida, da elevação dos juros nos Estados Unidos, das incertezas no comércio internacional, sobretudo com as disputas entre Washington e Pequim, e da perda do vigor do setor manufatureiro.
A desaceleração da expansão internacional deve ser maior no grupo de países classificados pelo Banco Mundial como Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento.