Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

BC dos EUA prioriza crescimento e Powell sinaliza que lucro é secundário

Para presidente do Federal Reserve, o objetivo é recuperar os empregos e manter a estabilidade dos preços. O restante deve ser administrado pelo mercado

Por Luisa Purchio Atualizado em 6 out 2020, 17h56 - Publicado em 6 out 2020, 13h26

Em pronunciamento realizado nessa terça-feira, 6, no encontro anual da National Association for Business Economics (NABE), o presidente do Federal Reserve, o banco central americano, Jerome Powell, deu uma notícia desanimadora para quem investiu em títulos de renda fixa. Desde a Covid-19, o Fed vem baixando as suas taxas de juros, atualmente entre 0 e 0,25% ao ano. Apesar de a economia estar reagindo bem, ainda não chegou aos patamares esperados e, por isso, Powell afirmou que a taxa de inflação, estimada em 2%, poderá ser ultrapassada para estímulos na economia. Isso põe os juros nominais em patamares mais negativos e é ruim para esse tipo de investimento. “Basicamente eles querem mostrar que não vão elevar o juro de forma preventiva como era feito antes”, diz Victor Beyruti, analista da Guide Investimentos.

ASSINE VEJA

O novo perfil que Bolsonaro quer para o STF
O novo perfil que Bolsonaro quer para o STF Leia nesta edição: os planos do presidente para o Supremo. E mais: as profundas transformações provocadas no cotidiano pela pandemia ()
Clique e Assine

Questionado por Lisa Emsbo-Mattingly, ex-presidente da NABE que atua no mercado financeiro sobre o risco de colapso no sistema financeiro devido às baixas taxas de juros e à recente alta do mercado de ações, Powell afirmou que ele “é possível” e a economia pode se comportar “de modo inesperado até 2022”. De qualquer forma, ele foi enfático ao dizer que a prioridade do banco central americano é criar “o máximo de empregos e de estabilidade de preços”, e “obviamento não os ativos”.

Apesar de a notícia ser positiva para os mercados financeiros, que atraem mais investimentos diante de taxas básicas baixas, eles reagiram de forma mista ao pronunciamento. O índice Dow Jones oscilava entre o negativo e o positivo e o S&P 500 operava em leve queda, de 0,06%, por volta das 13h no horário de Brasília. O que está pesando mais na economia americana é a aprovação no Congresso de um novo pacote de benefícios fiscais, parado devido à proximidade das eleições presidenciais e a disputa entre republicanos e democratas.

De qualquer forma, Powell disse que o sistema financeiro dos Estados Unidos é resiliente e que, apesar de a área de atuação do Federal Reserve ser limitada, o próprio mercado pode usar ferramentas para auxiliar nessa estabilidade, como gerenciamento de capital, de patrimônio líquido e gestão de riscos, “todas as coisas que os bancos fazem muito melhor agora”. A fala de Powell faz sentido e endossa o modus operandi do sistema político e econômico americano, extremamente liberal e que defende intervenção mínima do Estado na economia. Nesse sentido, Powell disse que “ninguém deve querer que o Fed intervenha no mercado dessa forma, como se fosse rotina” e que as “ferramentas realmente são emergenciais” e quando a economia se recuperar, “vamos retirá-las e trancá-las a chave”.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.