Biden defende baixa no nível de desemprego, apesar de alta nos auxílios
Embora sejam registrados aumentos recentes nos pedidos de auxílio-desemprego no país, as reivindicações somadas estão em níveis de pré-pandemia.
O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou nesta quinta, 19, relatório que constata o aumento consecutivos de três semanas nas solicitações de seguro desemprego no país. Na semana passada os pedidos chegaram a 218.000, um aumento de 21.000 do nível revisado da semana anterior.
Porém, apesar dos aumentos recentes, as reivindicações somadas estão em níveis de pré-pandemia. O número da semana passada correspondeu à média de 2019, por exemplo. Em comunicado oficial nesta manhã, o presidente Biden mencionou o número em contextos gerais e destacou que o nível de auxílios concedidos é o mais baixo em mais de 50 anos. “Hoje, a porcentagem de pessoas que recebem seguro-desemprego caiu abaixo de 1% pela primeira vez desde 1969. Esse progresso histórico é o resultado de meu plano econômico para fazer a economia crescer (…) agora, combater a inflação é minha principal prioridade econômica”, diz.
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) fechou em aumento de 8,3% no período de 12 meses, com alta de 0,3% em abril. A inflação é foco das políticas governamentais porque está muito próxima do maior patamar desde dezembro de 1981, isto é, 8,5%. O nível de preços no país teve uma leve desaceleração em relação ao mês anterior. Em março, o avanço havia sido de 1,2%.
Desemprego
Os EUA criaram 428.000 empregos em abril e a taxa de desemprego permaneceu em 3,6%, bem próxima da baixa de meio século de 3,5% alcançada no início de 2020, antes da disparada da pandemia. Em contrapartida, houve cerca de 11,5 milhões de vagas de emprego em março, duas vagas para cada desempregado no país. Em um movimento histórico de melhores condições de trabalho e remuneração, o número de trabalhadores abandonando seus empregos passou dos 4,5 milhões.