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Biden sobe a aposta e anuncia suspensão da importação de petróleo russo

País de Putin é o segundo maior exportador da commodity; anúncio dos EUA fez o preço do barril disparar e pode ter consequências globais na inflação

Por Larissa Quintino Atualizado em 8 mar 2022, 18h18 - Publicado em 8 mar 2022, 13h29
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  • O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa de entrevista coletiva nesta quarta-feira (19)
    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. (Getty/Getty Images)

    As sanções ocidentais à Rússia atingiram frontalmente o mercado de commodities, marcando um avanço da guerra financeira travada entre os Estados Unidos e seus aliados contra o regime de Vladimir Putin e a invasão à Ucrânia. O presidente americano Joe Biden anunciou nesta terça-feira, 8, a suspensão de compra de petróleo russo, em movimento parcialmente acompanhado pelo Reino Unido. “Nós estamos unidos no nosso propósito. Queremos aumentar a pressão contra a máquina de guerra de Putin”, disse Biden, ao anunciar que os portos americanos não receberão o produto russo.

    + EDIÇÃO DA SEMANA: Conflito expõe ao mundo o modelo de guerra híbrida

    A impugnação do petróleo da Rússia, que é a segunda maior exportadora da commodity no mundo, fez com que o barril disparasse e aumentou as preocupações com a inflação mundo afora. Por volta do 12h20 (horário de Brasília), o barril de petróleo tipo Brent subia 7%, chegando a 131 dólares. Em 23 de fevereiro, um dia antes da invasão da Rússia à Ucrânia, o barril estava cotado a 95 dólares. Logo, a sanção afeta economias em todo o mundo. “Isso vai ter custos para os Estados Unidos, mas defender a liberdade tem seus custos”, disse Biden sobre o efeito das sanções.

    Até agora, o gás e o petróleo da Rússia foram poupados das sanções introduzidas pelos EUA e países europeus, devido à preocupação com o impacto econômico. Os países ocidentais se focaram em proibições no mercado financeiro, como ativos do Banco Central Russo e bloqueios no sistema global de pagamentos, o Swift. O temor é a ainda maior na própria Europa, que tem maior dependência do petróleo russo e, em particular, do gás natural. Com a ameaça da nova punição, Moscou ameaça a cortar o fornecimento de gás natural para a Europa, um dos grandes temores do bloco quando o conflito entre Rússia e Ucrânia se iniciou. 

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    O petróleo russo representou cerca de 3% de todos os embarques de petróleo que chegaram aos EUA no ano passado, mostram dados da US Energy Information Administration. Ao todo, as importações de petróleo e derivados russos representaram cerca de 8% do total dos EUA. As importações americanas de petróleo russo em 2022 caíram para o ritmo anual mais lento desde 2017, segundo a empresa de inteligência Kpler. Porém, a sanção mexe com a precificação no mercado global e, consequentemente, na inflação, um dos grandes gatilhos da popularidade de Biden, que vem caindo desde a sua eleição.

    A Europa importa cerca de 4 milhões de barris por dia de petróleo e produtos refinados russos, segundo dados do Eurostat. O montante equivale a quase 30% de todo o petróleo comprado dentro do bloco europeu.

    A escalada de sanções dos países ocidentais à Rússia após a invasão da Ucrânia mostra que a batalha está longe de terminar. Como mostra a edição de VEJA desta semana, o conflito que se desenrola é o que estrategistas chamam de guerra híbrida. Nela, a destruição do campo de batalha se mescla a elementos que vão além dos mísseis, tanques, carros de combates, fuzis e bombas. Se, em 13 dias, a batalha deixou centenas de civis mortos e um êxodo de 1 milhão de refugiados, a conflagração nos limites da Europa tem uma dimensão inédita em seu impacto em um mundo globalizado.

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