Black Friday deste ano deve movimentar R$ 2,4 bilhões no país
A data se consolida como um evento do e-commerce. Em 2017, 52% das compras foram feitas por meio de canais eletrônicos
A Black Friday deste ano no Brasil, marcada para 23 de novembro, deve movimentar 2,43 bilhões de reais, de acordo com levantamento da Ebit/Nielsen. O valor é 15% acima do observado em 2017. O número reflete as estimativas para crescimento no volume de itens comercializados, quatro milhões, e no valor médio das vendas, 607,5 reais.
Segundo a Ebit/Niesel, a Black Friday se consolida como um evento do comércio eletrônico. No ano passado, aproximadamente 52% das compras foram feitas por meio de canais eletrônicos. Atualmente, o evento perde apenas para o Natal como a principal data do e-commerce brasileiro.
Enquanto que as compras que precederam o Natal somaram nove bilhões de reais no ano passado, as da Black Friday somaram 2,11 bilhões de reais. Apesar da proximidade entre datas, ela não representa perigo para as vendas de dezembro, já que é, majoritariamente, usada para compras de uso próprio. Apenas 26% das pessoas disseram que pretendem comprar algo para a família na Black Friday e 20% para dar de presente.
De acordo com dados do Google, cerca de 70% dos consumidores brasileiros devem fazer ao menos uma compra na ocasião.
“A data cada vez mais se consolida e o consumidor até aguarda o evento. Hoje, há um represamento de vendas nas datas próximas à Black Friday. Por exemplo: se o consumidor quer comprar um tênis, ele segura até o evento”, diz Keine Monteiro, do setor de inteligência e operações da Nielsen.
Um dos fatores que pesam sobre a data é a credibilidade das promoções. Nos primeiros anos de realização da Black Friday no país, alguns comerciantes adotaram promoções enganosas, o que gerou a alcunha de “Black Fraude”. A brincadeira jocosa sobre “tudo pela metade do dobro” pegou.
Isso forçou empresas e entidades envolvidas com o evento a trabalhar a imagem da Black Friday no país. Os resultados têm aparecido. O levantamento da Ebit/Niesel aponta que o número de pessoas que não pretendem comprar durante a Black Friday por não confiarem que existam descontos de fato, diminuiu de 38%, em 2017, para 35%.
“Temos um selo de certificação, que ranqueia como bronze, prata, ouro ou diamante. Há opiniões de outros consumidores. Outra ferramenta que o e-commerce oferece é a ferramenta de histórico de preços”, diz Monteiro. “Os consumidores conseguem identificar se aquela loja é boa para efetuar a compra. A própria internet excluiu diversas ofertas fraudulentas.”