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Black Friday: saiba como não cair em falsas promoções

62% dos brasileiros têm preocupação com a segurança nas transações online

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h17 - Publicado em 16 nov 2017, 08h46
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  • As promoções da Black Friday vão atrair muitos consumidores e movimentar 2,5 bilhões de reais neste ano, segundo projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Mas os preços acessíveis podem acabar causando dor de cabeça para o cliente desatento às dicas de segurança.

    “Percebemos um nível alto de preocupação com roubo de identidade e fraude do cartão de crédito, mas apesar disso as pessoas não colocam em prática ações básicas para mitigar esses riscos”, afirmou o diretor de soluções de segurança da Unisys na América Latina, Leonardo Carissimi.

    Em junho, estudo da Unisys Security Index revelou que 62% dos brasileiros têm preocupação com a segurança nas transações online. Outros 97% afirmam ter receio da possibilidade de que suas redes sociais sejam utilizadas para fins criminosos.

    Segundo o diretor da Nodes Tecnologia, Eduardo Freire, apesar da preocupação, os brasileiros demoram para procurar uma solução. “A procura por antivírus cresce entre 30% e 35% nesta época, mas as pessoas esperam passar pelo problema para procurar a solução. Isso também pode acontecer porque, muitas vezes, esses dados não são utilizados logo que são roubados, só meses depois e a vítima não faz essa conexão entre os fatos”.

    De acordo com Carissimi, a primeira orientação para não cair em fraudes é desconfiar de descontos “absurdos”. “Black Friday é sobre promoções, claro, mas algumas promoções falsas beiram o absurdo na tentativa de chamar a atenção da vítima”.

    Segundo ele, no último final de semana um falso anúncio divulgava a venda de uma SmartTV UltraHD de 60 polegadas por 1.049 reais – o dispositivo pode ser encontrado nas lojas a partir de 5.000 reais.

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    “A tendência para os próximos dias é que cresça o número de fraudes”, disse Carissimi. Neste ano, a Black Friday será na sexta-feira, 24 de novembro.

    Ainda segundo ele, há formas de identificar uma fraude. “É muito comum receber pishing [mensagens falsas para obter dados] por e-mails, a primeira dica é prestar atenção à escrita e diagramação. A maioria das fraudes são mal feitas. Mas também já recebi mensagem de um banco e demorei para perceber que era falsa, tudo fazia sentido, mas achei estranho porque era uma mensagem que normalmente não recebo. Quando coloquei o mouse em cima do link sem clicar, percebi que o link era falso”.

    Na edição brasileira da Black Friday é comum que os descontos não ultrapassam 30%. “Por conta dos custos de logística, por exemplo, é quase impossível uma grande promoção da maioria dos produtos. Não quer dizer que o consumidor não tenha descontos agressivos e as melhores condições de compra do ano. Há grande redução de preço principalmente em itens de moda, vinho, mas poucos segmentos vão chegar ao patamar de 30% ou 40% de desconto”, afirmou o criador do site Black Friday de Verdade, Francisco Cantão. “Nosso mercado é muito diferente do americano”, disse.

    O portal, que surgiu em 2014, busca conectar ofertas reais com o consumidor interessado. As lojas parceiras assinam um termo de compromisso garantindo que não vão oferecer descontos irreais – neste ano fazem parte da campanha Avianca, Carrefour, Buscapé e Submarino e outras oito empresas.

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    “Fazer um planejamento com os produtos que quer comprar no mínimo uns 30 dias antes da Black Friday é garantia que está fazendo um bom negócio. Na data é preciso ter consciência se o preço está vantajoso ou não. Há sites fraudulentos que simular empresas conhecidas, também é recomendável evitar sites novos”, indica Cantão.

    Ainda segundo ele, a Black Friday deve continuar como uma data forte para o comércio. “O público brasileiro é muito sensível a promoções”.

    Entretanto, as fraudes não se restringem às lojas virtuais, de acordo com Carissimi. “As fraudes físicas são simples, às vezes a pessoa fala que o seu cartão não está passando na maquininha, leva para outro lugar e clona o cartão. Antigamente, tinha um golpe frequente em postos de gasolina, quando o funcionário levava a maquininha na janela do carro pra você digitar a senha, na verdade o equipamento estava pedindo pra digitar o valor da compra, nesse caso a pessoa dá um jeito de te distrair, coloca o dedo na tela e consegue pegar sua senha”.

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