O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, subiu 0,9% nesta segunda-feira, 15, aos 143.547 pontos — um novo recorde. Em paralelo, o dólar seguiu caindo, agora cotado a 5,32 reais — valor 0,62% menor que o registrado no último dia de negociações. Trata-se da menor cotação da moeda americana em 15 meses. Os movimentos derivam da expectativa do mercado acerca do que os bancos centrais americano e brasileiro devem decidir nesta semana.

Na quarta-feira, 17, as cúpulas do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e o Banco Central do Brasil (BC) vão se reunir para avaliar o que fazer com as taxas básicas de juros de cada país. Nos EUA, a expectativa é por um corte de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para o intervalo entre 4% e 4,25% ao ano. Já no Brasil, o mercado espera que a taxa Selic siga fixada em 15% ao ano.

A redução iminente dos juros nos EUA torna os investimentos de renda fixa no país menos interessantes — com menor fuga de dólares para lá –, beneficiando o câmbio brasileiro. O movimento também traz algum alívio para investimentos em renda variável em geral.

O mercado financeiro brasileiro também está empolgado com a melhora das expectativas de inflação no país. O último dado do Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), divulgado hoje, registrou queda de 0,53% em julho. O dado veio mais fraco do que era esperado pelo mercado, o que auxilia as expectativas de inflação e, por consequência, a renda variável. O IBC-Br é medido mensalmente e é considerado uma espécie de “prévia do PIB”, o Produto Interno Bruto.

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