A decisão do presidente americano Donald Trump de proibir viagens da Europa para os Estados Unidos por um mês para tentar impedir a transmissão do novo coronavírus provocou um novo dia de caos nas bolsas mundiais nesta quinta-feira, 12.
Os mercados asiáticos, que já estavam no vermelho em reação ao anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o surto agora é uma pandemia, despencaram depois do pronunciamento do líder americano. Seguindo o mesmo caminho, as bolsas europeias abriram também em forte queda.
No Japão, o índice Nikkei despencou 4,4%, enquanto em Sydney, na Austrália, a queda foi de 7,4%, no pior dia do ASX 200 desde a crise financeira de 2008. Hong Kong caiu 3,6% e Xangai, 1,5%.
Seul, Singapura e Jacarta perderam mais de 3%, enquanto Mumbai desabou mais de 6% e Bangkok mais de 8%. No Golfo, os mercados, também afetados pela guerra de preços do petróleo, iniciaram o dia em baixa: Riad perdia 4,11%, Dubai cedia 7,79% e Abu Dhabi 6,45%.
As principais bolsas da Europa também iniciaram a quinta-feira com baixas superiores a 5%, horas depois do anúncio de Trump. Nos primeiros minutos, o índice FTSE-100 de Londres perdia 5,9%, o CAC 40 de Paris recuava 6,0% e o Dax de Frankfurt cedia 6,6%.
Em Madri, o Ibex 35 recuava 6,1% e na Suíça o índice SMI perdia 6,15%. Ao mesmo tempo, o índice FTSE MIB de Milão operava em queda de 5,4%, um dia depois do anúncio do fechamento de todos os estabelecimentos comerciais na Itália, com exceção de farmácias e supermercados.
Já o barril de petróleo do West Texas Intermediate (WTI) para entrega em abril perdia 6,28%, a 30,91 dólares, no meio da tarde e o Brent do Mar do Norte recuava 6,04%, a 33,63 dólares.
Nesta semana o mercado do petróleo já estava sob pressão após a Arábia Saudita realizar cortes nos preços da commodity e um acordo entre a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados para apoiar os mercados de energia fracassar.
Índices futuros
Nos Estados Unidos, os contratos futuros também desabaram e apontam para a possibilidade de outro dia difícil em Wall Street.
(com AFP e Reuters)