Bolsas globais começam segunda em alta, e petróleo volta a US$ 80 por barril
Aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio puxa o preço do petróleo. No Brasil, Faria Lima se volta para o Banco Central
Faz uma semana que o mundo financeiro acordava sob o clima apocalíptico. Nesta segunda, parece que investidores apertaram o botão reiniciar, e a calmaria reina sobre as bolsas globais.
Os futuros dos índices americanos S&P 500 e Nasdaq avançam, mesmo sinal que impera nas bolsas europeias. A agenda econômica é fraca, deixando o dia um tanto entediante para os investidores.
O Brasil vai acompanhando a tendência, e o ETF EWZ, que funciona como um indicador de pré-mercado para a bolsa brasileira em Nova York, tem alta de 0,07% nesta manhã. Isso depois de o Ibovespa ter emendado quatro altas seguidas na semana passada e recuperado o patamar mágico de 130 mil pontos. O índice segue 2,66% abaixo da marca histórica de 134 mil pontos, alcançada no último pregão de 2023.
A Faria Lima deverá passar a segunda-feira ocupada com o Banco Central. Logo cedo sai a pesquisa semanal Focus, que vem mostrando um aumento nas expectativas de inflação. Desde o começo de Lula III, o tradicional levantamento do BC com o mercado financeiro esteve sob ataque, justamente por ouvir apenas o setor financeiro.
O BC lançará nesta segunda um projeto-piloto para a pesquisa Firmus, que tentará colher com a economia real as expectativas para os indicadores do país. Além disso, Roberto Campos Neto fará uma palestra em evento organizado pela FGV.
O mercado doméstico também poderá ganhar mais dinamismo com as notícias vindas de Brasília, com o fim do recesso parlamentar. Por outro lado, políticos tendem a passar o segundo semestre ocupados com as eleições municipais.
No cenário internacional, há ainda novidades no campo das commodities. O petróleo do tipo Brent está cotado acima de US$ 80 por barril pela primeira vez desde que agosto começou, isso por causa do aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio. Por outro lado, o minério de ferro voltou a recuar na China, o que tende a pesar sobre as mineradoras brasileiras. A Vale resiste, com alta nos papéis em Nova York