O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira 29, que não pretende privatizar os bancos Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A outra instituição financeira de propriedade da União, o BNDES, não estava na pauta de privatizações.
“Qualquer privatização tem de ser responsável”, disse Bolsonaro, no Rio de Janeiro. “Algumas privatizações ocorrerão, outras estratégicas, não. Banco do Brasil e Caixa não estão no nosso catálogo”, afirmou.
Não é a primeira vez que Bolsonaro descarta a venda de companhias “estratégicas”. O adjetivo também foi utilizado para justificar a negativa da venda da Eletrobras, ainda durante a campanha eleitoral.
O futuro ministro da economia, Paulo Guedes, entende que, somadas, todas as estatais do país valeriam 802 bilhões de reais, citando cálculos repassados pelo Tesouro Nacional. A venda de todos os imóveis da União também renderia, virtualmente, outros 800 bilhões de reais. Guedes espera realizar as vendas das estatais para sanear os problemas fiscais enfrentados pelo país.
Previdência
Durante a coletiva, Bolsonaro também comentou sobre a reforma da Previdência. Segundo ele, a proposta atual, que tramita no Congresso Nacional, é “um pouco agressiva para o trabalhador”. Segundo ele, o novo texto, elaborado por sua equipe econômica, será enviado ao Legislativo no início do próximo mandato e será diferente do atual nesse aspecto.
Na avaliação de Bolsonaro, uma mudança nas regras ainda este ano é improvável devido ao fato de muitos parlamentares não terem conseguido renovar seus mandatos no pleito de outubro.
“O Congresso está dividido, porque metade não se reelegeu”, ponderou Bolsonaro.
(Com Estadão Conteúdo)