A Petrobras aumenta a partir desta sexta-feira, 2, o preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) em 5% para as distribuidoras. O quilo do gás passa a ser vendido a 3,21 reais e o botijão de 13 quilos, a 41,68 reais. Este é o quarto aumento do ano.
O preço ao consumidor, no entanto, é maior. Segundo a estatal, os valores são diferentes porque são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para envase pelas distribuidoras, além dos gastos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores. Ou seja, o impacto sentido pelo consumidor pode ser até maior.
Na semana passada, o preço médio do gás de botijão de 13 quilos variou entre 81 reais e 93 reais, segundo a ANP, a agência nacional do petróleo. O valor mais alto encontrado foi de 120 reais no Centro-Oeste.
O aumento reflete as movimentações da cotação internacional do petróleo, utilizado como insumo na produção do gás, além do real desvalorizado.
A alta no gás de cozinha é apontada pelo Banco Central como um dos motivos para a aceleração da inflação neste ano, assim como os reajustes na gasolina, diesel e etanol. O BC prevê pico inflacionário de mais de 7% em maio deste ano, com a inflação fechando em 5%, acima do centro da meta, de 3,75%. A margem de tolerância vai até 5,25%. Além do gás de botijão, a alta dos medicamentos, anunciada na quinta-feira, 1º, deve aumentar o impacto nos preços.