A Anheuser-Busch InBev (AB InBev), controladora da AmBev no Brasil, divulgou hoje que teve lucro líquido de 400 milhões de dólares (1,23 bilhões de dólares) no quarto trimestre de 2016, bem menor que o ganho de 2,29 bilhões de dólares (7,07 bilhões de reais) obtido em igual período do ano anterior. O principal fator de fraqueza da maior cervejaria do mundo nos últimos meses de 2016 foi o Brasil.
O país, segundo maior mercado da companhia, contribuiu para que o Ebitda (lucro antes dos juros, taxas, depreciação e amortização) da empresa a caísse 3,6% no último trimestre do ano e 0,1% na comparação entre 2015 e 2016. Excluindo-se o Brasil, o indicador subiria 6,4% e 6,3% nos dois períodos, respectivamente. Em 2016, o lucro líquido foi de 4,85 bilhões de dólares (14,98 bilhões de reais), ante 8,51 bilhões de dólares (26,29 bilhões de reais) em 2015.
A receita por hectolitro subiu 3,9% na mesma comparação, graças a uma redução de custos e a um aumento nas vendas de cervejas do tipo premium, mas o volume total de cervejas diminuiu 3,3%.”Foi um ano difícil, mas continuamos comprometidos com um mercado atraente no Brasil e acreditamos ter a estratégia certa para trazer os negócios de volta aos trilhos”, comentou o diretor financeiro da AB InBev, Felipe Dutra.
A AB InBev também elevou sua previsão para as economias que espera obter como resultado da fusão com a SABMiller, de 2,45 bilhões de dólares (7,57 bilhões de reais) para 2,8 bilhões de dólares (8,65 bilhões de reais). O valor inclui 1,05 bilhão de dólares (3,24 bilhões de reias) em cortes de custos que a SABMiller buscava antes de a fusão ser concluída. O último trimestre foi o primeiro em que os resultados da SABMiller foram incorporados ao da AB InBev.
Ambev
A Ambev também divulgou seus resultados nesta quinta-feira, com lucro líquido de cerca de 13,08 bilhões de reais em 2016, uma alta de 1,6% em relação a 2015. Apesar do resultado positivo, a empresa também destacou o fraco desempenho do Brasil, junto com a Argentina, dentre seus mercados.
Para 2017, a Ambev se diz “cautelosamente otimista” com a indústria de cerveja brasileira, especialmente na segunda metade do ano. A empresa espera que o custo do produto vendido cresça dois dígitos no primeiro semestre e se estabilize no decorrer do segundo.
(Com Estadão Conteúdo)