Brasil gerou 1,6 milhão de empregos formais em 2024, segundo Caged
Dados do Novo Caged foram divulgados nesta quinta-feira, 30 pelo Ministério do Trabalho

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Novo Caged, divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Emprego apontam que em dezembro de 2024, o Brasil perdeu 535.547 postos de trabalho e encerrou o ano com a criação de 1,6 milhão de postos formais de trabalho. Esse resultado decorreu de 1.524.251 admissões e de 2.059.798 desligamentos e veio pior do que o esperado, já que a expectativa era de que o número viesse inferior a meio milhão de perda de vagas formais.
“Dezembro historicamente é um mês de ajuste”, disse o ministro do trabalho, Luiz Marinho, em entrevista coletiva para apresentar os dados do mercado de trabalho formal. O ministro não descartou que o resultado negativo de dezembro esteja ligado ao ciclo de aperto monetário iniciado em setembro pelo Comitê de Política Monetária (Copom), mas disse que não dá para “bater o martelo” que essa foi a razão para o resultado de dezembro. Apesar deda previsão de mais altas nos juros, a expectativa do governo para 2025 é de um resultado semelhante ao de 2024, mas Marinho não quis cravar nenhuma projeção. Em novembro, o Brasil havia criado 106.625 novos postos de trabalho.
No último mês de 2024, todos os setores perderam mais vagas do que ganharam. O maior saldo negativo ficou com o setor de Serviços que que registrou o fechamento de 257.703 vagas. A Indústria fechou 116.422 vagas. A Construção Civil perdeu 89.673, o Agro fechou 46.672 postos de trabalho formais e o Comércio perdeu 25.084 vagas formais.
No ano foram criados exatamente 1.693. 673 de empregos com carteira assinada, resultado de 25.567.248 admissões e 23.873.575 desligamentos. Todos os setores tiveram saldo positivo em 2024, assim como todas as unidades da federação. O resultado supera em 16,5% os 1,4 milhão de empregos formais criados em 2023, mas não volta ao patamar de criação superior a 2 milhões.