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Brasileiro está otimista com economia, mas inflação preocupa, diz pesquisa

Levantamento Radar FEBRABAN divulgado nesta segunda-feira mostra que 70% dos entrevistados acham que sua vida vai melhorar neste ano

Por Lucas Mathias Atualizado em 8 Maio 2024, 13h57 - Publicado em 6 Maio 2024, 15h20
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  • Apesar de a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter apresentado queda em levantamentos recentes, o otimismo segue sendo a palavra de ordem para a economia brasileira, entre a maioria da população. É o que mostra a pesquisa Radar FEBRABAN divulgada nesta segunda-feira, 6: 56% dos brasileiros têm esperança de que o país vai melhorar em 2024. A inflação, contudo, segue como a maior dor de cabeça: sete em cada dez pessoas avaliam que houve aumento dos preços nos últimos seis meses. 

    Os entrevistados também projetam que o futuro será positivo em seus cenários particulares: 70% esperam que sua vida pessoal e familiar vai melhorar até o fim deste ano, otimismo que é maior especialmente entre jovens de 18 a 24 anos e nordestinos. Em comparação ao cenário do país no ano passado, 46% enxergam um Brasil melhor em 2024, enquanto 23% acham que está pior e outros 30% avaliam que não houve mudança. 

    O levantamento, realizado entre os dias 17 e 22 de abril com 2 mil pessoas nas cinco regiões do país, foi feito pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), de modo a mapear a percepção dos brasileiros sobre o país e sobre iniciativas do governo federal. 

    Na análise do presidente do Conselho Científico do IPESPE, Antonio Lavareda, o bom humor tem sofrido impactos causados pelo aumento de preços em algumas categorias de produtos e serviços, embora pouco tenha mudado desde o início deste ano. “Uma vez revertido esse cenário e mantida a evolução do quadro econômico, deve ser resgatado o padrão de otimismo anterior”, aponta. 

    Aumento na cesta básica

    Na avaliação de 73% dos entrevistados, é o preço dos alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico o que mais têm impactado a inflação. Em seguida, estão remédios e serviços de saúde (33%), combustíveis (27%), juros de operações financeiras (13%) e educação (7%). 

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    As percepções negativas também estão presentes, entre os entrevistados, nas projeções financeiras: a maioria acha que vai haver aumento de impostos (57%), da taxa de juros (48%), da inflação (57%) e do endividamento das famílias (56%). O sentimento também se reflete no que enxergam do mercado de trabalho: 37% acreditam que o desemprego vai aumentar. 

    O que desejam? 

    Dentre os pontos apontados, Saúde é o setor onde deve haver prioridade em ações do governo federal para 32% dos brasileiros. Em seguida, aparecem Emprego e Renda, Educação, Inflação, Segurança e Fome e Pobreza. 

    Questionados sobre o que fariam caso tivessem recursos, 52% disseram que investiriam em moradia, o que inclui compra e reforma. Em seguida, aparecem investimentos no banco, em educação, viagens e a compra de automóveis, por exemplo.

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