Brasileiros percebem menos os ganhos do home office, aponta pesquisa
75,2% dos entrevistados acreditam que trabalhar remotamente melhora o desempenho, um dos menores índices da América Latina

Profissionais brasileiros são os que menos percebem benefícios do home office para a saúde mental e também para a produtividade. As conclusões são de um levantamento da consultoria Michael Page, feito com cerca de 4 mil profissionais da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Panamá), de diversos setores e níveis hierárquicos.
Na avaliação de Stephano Dedini, diretor executivo da Michael Page, o mais importante para as empresas é encontrar um modelo de trabalho que equilibre as necessidades do negócio com as expectativas dos colaboradores. Segundo ele, os resultados da pesquisa reforçam a importância de modelos flexíveis.
“No cenário atual do mercado, ainda observamos divergências na percepção dos profissionais sobre o trabalho remoto. Fatores como cultura organizacional, rotina de trabalho e infraestrutura impactam diretamente a produtividade e o bem-estar”, afirma Dedini, diretor executivo da Michael Page.
Na hora de perceber as vantagens de trabalhar em casa para a saúde mental, o Brasil figura em último lugar na lista, com 72,1% dos respondentes afirmando perceber os benefícios do home office, ficando atrás do Panamá (72,4%), Chile (74,6%) e Colômbia (74,9%).
O mesmo comportamento é observado quando o tema é produtividade. No Brasil, 75,2% dos entrevistados acreditam que trabalhar remotamente melhora o desempenho, um dos menores índices da região, ficando à frente apenas de Chile (74,6%) e Peru (72,6%). Por outro lado, Colômbia (83,4%), México (82,3%) e Panamá (79,3%) lideram o ranking de países onde os profissionais mais percebem ganhos de produtividade no modelo remoto.
Para a maioria dos brasileiros, 68,5%, o motivo de se sentirem mais produtivos trabalhando em casa é serem menos distraídos por trocas informais com colegas, seguidos por Colômbia (67,6%), Peru (63,6%), Panamá (62,5%), Argentina (56,5%), Chile (54,3%) e México (46,5%).