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Brasileiros perderam R$ 245 milhões em golpes digitais neste ano, aponta OLX

Apesar de alta, a perda estimada foi 37% menor do que a registrada no mesmo período de 2023

Por Leticia Yamakami 19 set 2024, 17h48

Um recente estudo da OLX, marketplace brasileiro de produtos usados, identificou uma queda de 10,3% nos golpes digitais aplicados no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 3.091 fraudes identificadas este ano, contra 3.447 nos seis primeiros meses de 2023. Apesar de alta, a perda estimada foi 37% menor, totalizando 245 milhões de reais de prejuízo.

Mais da metade dos golpes no período estão relacionados a falso pagamento, representando 50,4% do total. O aumento é de 64% em relação ao ano anterior. O segundo golpe mais praticado foi a invasão de contas, com 22,2%, seguido de anúncio falso, com 14,3%, e coleta de dados pessoais, com 12,3%. Os dois últimos tiveram redução de 20% e 46%, respectivamente, na comparação entre os primeiros semestres de 2023 e 2024.

Beatriz Soares, vice-presidente de Produtos do grupo OLX, afirma que a diminuição na quantidade de golpes é um fator importante para o mercado de compra e venda online, que vem desenvolvendo novas tecnologias para combater a fraude e promovendo ações de conscientização para os usuários sobre como agem os fraudadores e como evitá-los. “Esses crimes ainda são recorrentes e geram prejuízo não apenas para as vítimas, como também para a economia do país”, comenta.

A pesquisa da companhia também apontou os locais e os anúncios em que esses crimes acontecem com mais frequência. A liderança fica com São Paulo, com 47%, seguido pelo Rio de Janeiro, com 15%, Minas Gerais, com 9%, e Paraná, com 5%. Celulares e smartphones são os principais alvos dos golpistas, representando 40% das fraudes, sendo os modelos de iPhone 32% do total. Videogames estão em segundo lugar, correspondendo a 22%, seguidos por consoles PlayStation, que se encontram como 15%. Os computadores aparecem com 9%.

Quais são os principais golpes e como se proteger?

1 – Falso Pagamento

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O fraudador envia um comprovante falso de pagamento (via e-mail ou aplicativo de mensagens) para o anunciante. Ao acreditar que o valor já foi depositado, o vendedor envia o produto. Pode ocorrer também quando o golpista se passa por uma loja que não existe e envia um falso boleto para pagamento; a vítima paga, mas nunca recebe o produto.

Como se prevenir

Só entregue o produto após conferir que o valor foi depositado. Verifique o domínio dos e-mails (xx@nomedaempresa) de comunicados enviados pelas empresas e confira sempre o status da negociação no site ou aplicativo. Ao realizar compras em lojas pouco conhecidas, pesquise se o lugar existe mesmo e cheque a sua reputação na internet.

2 – Invasão de Conta

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Geralmente, o fraudador tenta entrar em contas de plataformas online utilizando o login e senha de vazamentos na internet. Ao conseguir acesso, o criminoso realiza compras ou publica anúncios falsos de produtos que não existem, ficando com o valor do pagamento sem enviar o item para o comprador.

Como se prevenir

Use senhas fortes, com letras, números e caracteres especiais, e nunca repita a mesma senha em diferentes sites. Também é importante mudar as senhas de tempos em tempos e ficar atento aos alertas enviados pelas plataformas sobre tentativas de login na conta.

3 – Anúncio Falso

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Os criminosos inserem anúncios atrativos com preços exageradamente abaixo do mercado para obter pagamentos antecipados ou até mesmo marcar um encontro com a vítima. Além de solicitar pagamentos antecipados, costumam pedir dados confidenciais.

Como se prevenir

Desconfie de anúncios com valores muito baixos e negocie sempre pelos chats das plataformas de compra e venda, evitando aplicativos de mensagens.

4 – Coleta de Dados

Por meio de técnicas de engenharia social, os fraudadores aproveitam oportunidades e criam cenários para roubar dados das vítimas e utilizá-los em golpes futuros, aproveitando-se também da vulnerabilidade de sistemas e uso de senhas fracas.

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Como se prevenir 

Nunca compartilhe número de celular, endereço de e-mail, CPF e dados bancários com outras pessoas. Também desconfie de links enviados para preencher vagas de emprego que não sejam em páginas oficiais de empresas ou recrutadoras.

“Muitos criminosos utilizam de técnicas de engenharia social para ganhar a confiança das vítimas, convencendo-as, por exemplo, a migrarem as negociações para outras plataformas ou realizarem pagamentos antecipados”, explica Beatriz Soares. “Por isso, quanto mais informação sobre o tema, menos pessoas serão enganadas.”

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