A BRF dará férias coletivas de um mês para cerca de 3.000 funcionários na unidade de abate de aves em Capinzal, em Santa Catarina, para ajustar a produção em meio a restrições de exportação de aves para a Europa. A restrição ocorreu após desdobramento da Operação Carne Fraca em março que teve como alvo a empresa.
As férias terão início em 7 de maio e terão duração de trinta dias, disse a empresa em comunicado à imprensa. “A ação ocorrerá somente no processo de abatedouro de aves. Todas as demais atividades do complexo fabril funcionarão normalmente”, disse a BRF.
A suspensão temporária aconteceu em março, após a empresa se tornar foco da Operação Trapaça, da Polícia Federal. As investigações apuram se houve fraude em resultado de análises de laboratório em produtos da empresa referentes a presença de contaminação.
A ação, deflagrada no dia 5 de março, levou à prisão temporária o ex-presidente da companhia Pedro de Andrade e outras dez pessoas. Andrade foi liberado pela Justiça no dia 15.
A Operação Trapaça foi um desdobramento da Operação Carne Fraca, que investiga se funcionários do Ministério da Agricultura e funcionários de frigoríficos cometeram irregularidades nas inspeções obrigatórias. O caso mirou inicialmente a JBS e fez com que diversos países suspendessem a compra da carne brasileira.