O BTG Pactual encerrou 2024 com lucro líquido ajustado de 12,3 bilhões de reais. A cifra representa um crescimento de 18% sobre o ano retrasado e é o melhor resultado obtido na história do banco. No relatório da diretoria que acompanha os números divulgados nesta segunda-feira 10, o lucro recorde é atribuído ao “forte desempenho em todas as áreas, aliado ao aumento da eficiência operacional”. Com isso, a instituição elevou o retorno sobre patrimônio líquido médio (ROAE) de 22,7% em 2023 para 23,1% no ano passado.

Maior banco de investimento da América Latina, o BTG Pactual continuou ampliando sua atuação com foco em investidores pessoa física. A captação total dos segmentos de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês) e gestão de patrimônio (WuM, na sigla em inglês) somou 247,3 bilhões no ano passado. As carteiras combinadas de AuM e WuM totalizaram 1,9 trilhão de reais.

O BTG Pactual também reportou um crescimento de 30% na carteira de crédito expandido, que fechou dezembro em 249,6 bilhões de reais. Nessa rubrica, o crédito para empresa aumentou 5% para 221,6 bilhões de reais. Outros produtos de crédito não discriminados saltaram 20% e somaram 17,9 bilhões. Já as operações de crédito no segmento de wealth management avançaram 19% para 10 bilhões.

Em termos de concentração da carteira de crédito, os segmentos de gestão de patrimônio, consumo e folha de pagamento representou 15% das operações, seguida pelo mercado de concessionárias pública de saneamento e energia (utilities), com 12%, e pelo setor financeiro, também com 12%.

Pelo lado dos gastos, as despesas operacionais subiram 13,4% em relação a 2023, somando 10,4 bilhões de reais. Segundo o banco, a alta se deve a três fatores. O primeiro foram os bônus mais altos pagos no ano passado, refletindo o melhor desempenho operacional. Os bônus de 2024 somaram 2,8 bilhões de reais, marcando um incremento de 10% sobre o ano anterior.

O segundo foram os maiores desembolsos com salários e benefícios, “principalmente devido ao aumento inorgânico de funcionários, bem como ao processo anual de promoções e ajustes salariais”. As despesas administrativas mais altas fecham a trinca.

O patrimônio líquido terminou o ano em 57,5 bilhões de reais. A cifra é 16,4% superior aos 49,4 bilhões com que fechou o ano retrasado. O montante já considera o pagamento de 1,7 bilhão de reais em juros sobre capital própri (JCP) no quarto trimestre de 2024, totalizando 3,3 bilhões no ano.

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