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Caixa corta juros do cheque especial para até 4,99% ao mês

Nova taxa estará disponível a partir de 1º de dezembro para clientes que recebem salário e possuem pacote de serviços e cartão de crédito

Por da Redação
Atualizado em 12 nov 2019, 18h49 - Publicado em 12 nov 2019, 18h27

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira, 12, a redução da taxa de juros do cheque especial a partir de 1º de dezembro, em um momento que o governo vem cobrando os bancos para repassarem ao consumidor a redução da Selic, a taxa básica de juros da economia – que está no seu menor patamar da história. Para os clientes com pacote de relacionamento Caixa Sim, composto por conta-corrente, cesta de serviços e cartão de crédito, a taxa caiu de 8,99% para 5,94% ao mês. Já para aqueles que, além dos serviços acima, também recebem salário pelo banco, os juros no cheque especial serão de 4,99% ao mês, segundo informou a Caixa. Apesar da redução, a taxa ainda está bem acima do 0,63% ao mês da Selic em outubro. 

De acordo com informações do Banco Central, na semana encerrada em 29 de outubro, o banco cobrava, em média, na modalidade do cheque especial para pessoa física, juros de 9,41% ao mês. Para efeito de comparação, no Banco Inter era de 3,46%, no Banco do Brasil, 12,17%, no Bradesco, 12,44%, e no Itaú, 12,51% ao mês.  

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o corte de juros no cheque especial não teve interferência do governo Jair Bolsonaro. “Não teve ingerência do meu chefe na redução do juro do cheque especial. A redução foi matemática. Ainda assim teremos ganho”, disse Guimarães, referindo-se ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Em comunicado, a Caixa declarou que “estudos aprofundados em suas margens” e o “cenário de queda de taxa de juros Selic e das taxas de juros de longo prazo na economia” levaram o banco a se alinhar a essa nova realidade e, por isso, “promoveu redução das taxas de juros de seus principais produtos”.

Apesar do corte, segundo o executivo, o juro do cheque especial permanece alto e pode ser revisto em meio a uma eventual mudança na regulação do produto por parte do Banco Central. “Esse juros de 4,99% ainda é extremamente elevado. Nós continuamos automaticamente estudando a contínua melhora econômica do Brasil e poderemos continuar abaixando, mas a eventual piora também leva ao aumento”, disse Guimarães. Ele informou ainda que o banco está próximo de lançar uma empresa para atuar no microcrédito com o objetivo de crescer fora das agências bancárias.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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