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Caminhoneiros entram em confronto com a Polícia Rodoviária na Dutra

Dois manifestantes foram presos durante ato que fechou parte da rodovia; agentes usaram taser e sacaram arma de fogo no enfrentamento

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2018, 19h12 - Publicado em 10 dez 2018, 17h11

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Na manhã desta segunda-feira, 10, caminhoneiros entraram em confronto com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF)  durante a breve manifestação que fechou um trecho da Rodovia Dutra (BR-116), na altura de Volta Redonda (RJ). Eles acusam a PRF de usar força excessiva, enquanto a corporação afirma que estava em seu direito, devido às ameaças de violência por parte dos manifestantes.

VEJA líderes dos caminhoneiros expressaram repúdio pelas ações dos policiais. Um deles, Ivair Schmidt, do Comando Nacional dos Transportes, que não estava na greve, enviou à reportagem um vídeo que mostra um policial apontando uma pistola aos manifestantes. Ele afirma também que um caminhoneiro foi imobilizado com um taser – uma arma não letal que dispara descarga elétrica.

Segundo Schmidt, os policiais foram truculentos. “Há quem já esteja revoltado com essa reação da Polícia Rodoviária. Assim, as pessoas ficam mais motivadas a aderir a greve”, diz. “Enviamos uma nota a Brasília sobre as nossas demandas, e ela será protocolada hoje à tarde junto ao governo de transição”, afirmou Schmidt.

Os trabalhadores estão pedindo a revogação da liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que suspende as multas cobradas dos transportadores que não praticarem a tabela do frete mínimo, da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT).

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A PRF confirmou o confronto entre policiais e caminhoneiros. Segundo a corporação, o taser foi disparado porque um manifestante atacou um policial. Além disso, os grevistas continuavam a ameaçar os policiais. “Foi um uso progressivo da força. Foi utilizada e será quantas vezes for necessário”, disse o chefe da comunicação social da PRF no Rio de Janeiro, José Hélio Macedo.

O policial também explica que dois manifestantes foram presos em flagrante por atirar pedras em caminhões que tentavam furar os bloqueios. Outros, que seriam algemados, fugiram pela mata, diz a PRF. “Policial não age com taser a partir de nada. Se houve truculência, foi por parte dos manifestantes. Foi um procedimento normal”, afirmou Macedo.

Greve dos caminhoneiros
Um dos três caminhões apedrejados por manifestantes, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)
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Greve dos caminhoneiros
As pedras utilizadas para alvejar os caminhões, de acordo com a corporação (Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)

Baixa adesão

Apenas três pontos de alto movimento de caminhões foram fechados pelos manifestantes nesta segunda, mas todos já foram liberados.

O primeiro ponto foi a Avenida Engenheiro Augusto Barata, chamada de Reta da Alemoa, em Santos (SP). A via leva ao Porto de Santos, o maior do país e responsável pelos embarques e desembarques de um terço do comércio internacional brasileiro.

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Segundo a Companhia Docas de São Paulo, cerca de vinte caminhões interromperam o trânsito durante a madrugada e tentaram convencer motoristas que estavam entrando no porto a aderir à manifestação. No entanto, quando a Polícia Militar e a Guarda Portuária chegaram ao local, os manifestantes liberaram o acesso ao porto. Segundo a Companhia Docas, não há mais qualquer manifestação no local e o porto opera normalmente.

Os outros pontos foram dois trechos da Rodovia Dutra (BR-116): na região de Volta Redonda (RJ) e um bloqueio em Pindamonhangaba (SP). Neste momento não há nenhum bloqueio na rodovia.

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