Carne Fraca: Empresas investigadas começam a demitir funcionários
A Peccin empregava 177 funcionários em Jaraguá do Sul e 300 em Curitiba
A Peccin Agro Industrial, investigada na Operação Carne Fraca, demitiu os funcionários das unidades de Curitiba (PR) e Jaraguá do Sul. As duas unidades estão interditadas desde a operação, que investiga um esquema de corrupção envolvendo fiscais e frigoríficos.
Segundo o Sindicarne, que representa a indústria de carne do Paraná, a Peccin empregava 177 funcionários em Jaraguá do Sul e 300 em Curitiba.
Com os donos presos e as unidades interditadas, a Peccin já não pagou o adiantamento salarial do dia 20 aos empregados.
Segundo o sindicato, a empresa também não deve ter recursos para pagar a verba rescisória. A dispensa, segundo a entidade, vai permitir que os trabalhadores consigam sacar o FGTS e receber o seguro-desemprego.
Procurado, o representante da Peccin não foi localizado para comentar as demissões.
O frigorífico Souza Ramos, que também está interditado, colocou os 140 funcionários em aviso prévio.
Na semana passada, a Secretaria Nacional do Consumidor determinou que a Peccin – unidades de Jaraguá do Sul e Curitiba -, Souza Ramos e Transmeat realizassem um recall de seus produtos. Após reclamação das empresas, o Ministério da Justiça suspendeu por dez dias o recall de produtos das empresas Transmeat e Souza Ramos, “a fim de que comprovem a rastreabilidade de seus produtos, após atestado do responsável técnico das empresas de que não havia risco à saúde dos consumidores”.