O Walmart também suspendeu preventivamente a venda de produtos fabricados por empresas investigadas na Operação Carne Fraca, que desmantelou um esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários e frigoríficos. O Carrefour tomou a mesma medida.
Das três fábricas interditadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Walmart informa que comprava apenas de uma delas – a do grupo Peccin.
“O Walmart mantém um departamento dedicado à segurança dos alimentos, responsável por realizar a inspeção em 100% das cargas de perecíveis entregues em nossos centros de distribuição. A empresa também garante a qualidade do armazenamento, transporte e entrega dos alimentos às lojas”, informa a empresa.
Já o Carrefour informou que “exigiu esclarecimentos dos fabricantes envolvidos nas denúncias e retirou preventivamente das suas lojas os produtos vindos dos frigoríficos citados”.
Em nota, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) diz que “repudia qualquer prática que coloque em risco a saúde de seus clientes e colaboradores. O GPA representa as bandeiras Pão de Açúcar, Extra e Assaí.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou carta ao Mapa cobrando informações sobre produtos adulterados – marcas, lotes, locais de apreensão e dados de identificação e a realização de um recall para retirada de circulação dessas mercadorias.
Na segunda-feira, o ministro Blairo Maggi (Mapa) afirmou que a carne alvo da investigação já deve ter sido consumida, uma vez que a operação da Polícia Federa tem dois anos. De qualquer forma, o ministério está coletando amostrar de carnes nos mercados, e, caso encontre problemas, irá recomendar a retirada das mercadorias de circulação.
Três fábricas foram interditadas após a operação: uma da BRF, localizada em Mineiros (GO), e as da Peccin Agro Industrial, em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba. As demais passarão por auditoria nas próximas três semanas.