Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Carta ao leitor: Há crescimento, mas no aperto

Indicadores de aumento das receitas de grandes empresas proporcionam uma perspectiva positiva para a economia, mas dívidas e juros altos preocupam

Por Da Redação 30 ago 2024, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Bancos, transporte, varejo, construção: em expansão
    Bancos, transporte, varejo, construção: em expansão (Matheus Cezar; Alexandre Battibugli; Daniela Dacorso/Agência O Globo; Alf Rieiro/Fotoarena/.)

    As previsões de desempenho da economia brasileira em 2024 estão caminhando para um repeteco do obtido no ano passado, quando o produto interno bruto cresceu 2,9%. Nada mau para um país com média de expansão anual de 0,3% na década perdida que foi até 2021. A evidência é de que engatamos uma nova marcha, na casa de 2,5% ao ano, algo razoável. A taxa de desemprego, pelo último dado disponível, caiu para 6,9%, e o Brasil tem agora um recorde de 102 milhões de pessoas ocupadas.

    Olhando também para esse copo meio cheio, a reportagem “Está bom. Mas está ruim”, a partir da pág. 14, traz um balanço exclusivo com dados de 300 companhias de capital aberto. Esse grupo de elite viu a receita conjunta aumentar 5%, para 1,4 trilhão de reais no primeiro semestre. Os lucros operacionais avançaram 12%. Um exemplo de empresa em evolução exuberante é o Mercado Livre, tema da reportagem de capa (na pág. 24) desta edição, que inclui uma entrevista com seu fundador, Marcos Galperin. Os três maiores bancos privados, por sua vez, publicaram resultados que revelam um lucro de 35 bilhões de reais nos primeiros seis meses do ano, 16% mais que na primeira metade de 2023.

    Mas, como sempre, o copo mantém um volume vazio, bem preocupante. O mesmo conjunto de empresas reporta um endividamento líquido de 1,2 trilhão de reais. As dívidas subiram 10%. No semestre, 100 bilhões de reais foram pagos em despesas financeiras. Aí está o grande senão dessa história.

    Os juros altos — uma marca do Brasil há décadas — continuam ditando a situação, penalizando devedores e restringindo investimentos. Na base desse custo elevado do dinheiro está a situação das contas públicas e sua gestão insegura. De novo, há uma perspectiva de alta da taxa Selic, dadas as preocupações com a inflação. O equilíbrio de políticas, fiscal e monetária, para melhorar esse cenário ainda é uma quimera. Quando isso for alcançado, é possível que o crescimento deixe de ser com aperto. E possa ir de razoável a bom, ou ótimo — como o país precisa.

    Publicado em VEJA, agosto de 2024, edição VEJA Negócios nº 5

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.