Casas Bahia acelera mudanças para consolidar recuperação
A nova estratégia, batizada de 'back to basics', visa combinar eficiência operacional com avanços graduais e consistentes

Com 16 meses de um plano de transformação que deve se estender por 30 meses, a Casas Bahia começa a mostrar alguns sinais de recuperação. Apostando no que chama de “volta ao básico”, a empresa reformula sua estratégia para alcançar eficiência operacional e melhorar sua estrutura de capital.
A iniciativa teve início em julho de 2023, poucos meses após Renato Franklin assumir o cargo de CEO, e tem como meta resgatar a rentabilidade e estabilizar as operações. Desde então, a varejista tem apresentado avanços, como redução de custos, geração de caixa e melhoria nas margens operacionais.
“Nosso foco é estabilizar a operação, gerar caixa e garantir rentabilidade para um crescimento sustentável. Todo o processo está centrado no core business da marca, com rigor na alocação e no retorno de capital”, explica Renato Franklin.
A primeira fase de mudanças, voltada para ajustes internos e eficiência, trouxe bons resultados. No terceiro trimestre de 2024, o lucro bruto atingiu R$ 2 bilhões, com margem bruta de 31,6%, um aumento de 8,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023. Esse desempenho também marcou o quarto trimestre consecutivo de crescimento nas margens operacionais.
Além disso, houve aumento nas receitas provenientes de lojas físicas, serviços e crediário. A companhia também diversificou suas operações com o lançamento da CB Full, uma solução logística que permite aos parceiros armazenar produtos nos centros de distribuição da Casas Bahia, mesmo para vendas realizadas fora dos canais do grupo.
Volta ao básico
Depois de enfrentar um período de dificuldades, objetivo é resgatar o foco no que a Casas Bahia faz de melhor: vender itens como eletrodomésticos, móveis, celulares, TVs e eletroportáteis. A estratégia, batizada de “back to basics”, visa combinar eficiência operacional com avanços graduais e consistentes, pavimentando o caminho para retomada do crescimento em 2025.
“Nosso direcionamento é claro: voltar às origens e ao posicionamento de marca, buscando ganhos operacionais e a maturação das iniciativas já em andamento. O objetivo sempre foi entregar melhorias progressivas em cada balanço, e estamos no caminho certo”, reforça Franklin.
Outro eixo estratégico é a reestruturação da dívida. A renegociação de R$ 4,1 bilhões reduziu o custo médio e ampliou o prazo de vencimento de 22 para 72 meses, permitindo à empresa concentrar esforços na operação e no crescimento.
Com o plano em andamento, a Casas Bahia já mira 2025 como o ano de retomada do crescimento. “Estamos focados em execução e inovação, com atenção especial à experiência do cliente nos canais físicos e digitais. Nosso objetivo é acelerar o crescimento de forma sustentável”, conclui o CEO.