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China isenta alguns produtos dos Estados Unidos da sobretaxa de 125%

Este é o gesto mais concreto para reduzir as tensões com os Estados Unidos, após Trump sobretaxar os produtos chineses em até 245%

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 abr 2025, 09h09 - Publicado em 25 abr 2025, 09h05

A China isentou algumas mercadorias dos Estados Unidos da sobretaxa de importação de 125%. A informação é da agência de notícias Reuters, que cita fontes do meio empresarial chinês. Segundo a Reuters, Pequim não anunciou oficialmente a lista de itens isentos, mas notificou individualmente a decisão a diversas empresas. O governo também solicitou que encaminhem uma relação dos produtos importados mais estratégicos para suas operações, a fim de avaliar a ampliação das isenções. As sugestões serão avaliadas por uma força-tarefa criada pelo ministério do Comércio.

Ainda de acordo com a agência de notícias, entre os artigos contemplados com a retirada das sobretaxas, estão medicamentos e peças e equipamentos para a indústria aérea. A Reuters lembra, ainda, que a medida se alinha a um comunicado emitido pelo governo chinês na sexta-feira 18 de que estava comprometido em manter a estabilidade econômica e apoiar as empresas e os trabalhadores mais afetados pela guerra tarifária travada com os Estados Unidos.

Trata-se do gesto mais claro até o momento de que Pequim pretende reduzir as tensões com Washington, após o tarifaço lançado pelo presidente Donald Trump no início do mês. A escalada protecionista culminou na imposição de uma tarifa mínima de 145% contra as importações de produtos chineses. Em alguns casos, contudo, a alíquota chega a 245%. A reação do presidente chinês, Xi Jinping, foi sobretaxar os americanos em 125%.

Em público, as duas maiores economias do mundo mantêm também uma guerra de versões com o objetivo de demonstrar força. Na quarta-feira 23, Trump afirmou a jornalistas que os Estados Unidos estão negociando “ativamente” com a China uma solução que encerre a questão. “Todos querem participar do que estamos fazendo”, declarou.

O governo chinês, no entanto, negou que mantenha qualquer negociação. Segundo He Yadong, porta-voz do ministério de Relações Exteriores, “quaisquer alegações sobre o progressos nas negociações econômicas e comerciais entre China e Estados Unidos são rumores infundados e sem evidências factuais”.

Outro representante da chancelaria chinesa, Guo Jiakun, foi ainda mais contundente ao afirmar que os americanos devem “parar de extorquir” a China, se quiserem algum avanço. “Se os Estados Unidos realmente desejam resolver as questões tarifárias por meio de negociações, devem parar de extorquir e conduzir o diálogo com base em benefícios recíprocos.”

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