A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira, 19, que irá suspender por 60 dias os contratos de crédito e postergar, por dois meses, o pagamento de contratos de empréstimos vigentes para pessoas físicas e empresas. A decisão também vale para financiamentos habitacionais. As medidas fazem parte de um pacote anunciado pelo banco para tentar mitigar danos a economia e a consumidores durante a propagação do novo coronavírus.
O presidente do banco, Pedro Guimarães, afirmou que, com o avanço acelerado do novo coronavírus, a preocupação com a continuidade da atividade econômica é grande. Logo, as medidas do banco visam dar fôlego a pessoas físicas e jurídicas por 60 dias. “Não há necessidade de nenhuma comprovação [para solicitar a suspensão dos pagamentos de empréstimos. Isso vale para todos os brasileiros. É uma crise mundial. Em acontecendo uma piora, esses 60 dias podem virar 90, 120 dias”, acrescentou Guimarães.
A solicitação para a suspensão dos pagamentos pode ser feita por Internet Banking, App CAIXA e terminais de autoatendimento. A orientação do banco é que os clientes evitem ao máximo ir às agências.
Além da postergação dos contratos, o crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS foi ampliado e as taxas reduzidas. A menor taxa dessa modalidade passa a ser de 0,99% ao mês. Na linha de empréstimo regular, a taxa é de 2,17% ao mês.
Para empresas, além da postergação de créditos vigentes, haverá uma redução maior de juros em novos contratos. No caso das micro e pequenas empresas, que devem ser mais afetadas pela crise do coronavírus, a redução de juros será de até 45% para capital de giro, com taxas a partir de 0,57% ao mês.
Socorro a hospitais
Para reforçar a rede de saúde, foram disponibilizados 3 bilhões de reais em linhas de crédito para hospitais e Santas Casas que atendem pela rede do SUS (Sistema Único de Saúde). As taxas de juros variam de 0,80% a 0,87% ao mês, e os prazos para pagamento entre 60 e 120 dias.