CNI defende acordo previdenciário com a Suécia e reformas
Entidade acredita que crescimento econômico e retomada do emprego dependem de reformas estruturais
Em debate com empresários brasileiros e suecos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu que o crescimento econômico e a retomada do emprego no Brasil dependem de reformas estruturais, como a da Previdência. O encontro, que ocorre no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, recebeu o presidente Michel Temer (PMDB) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A entidade propôs também a criação de alguns acordos entre Brasil e Suécia, entre eles a unificação da contribuição previdenciária de empresas instaladas nos dois países.
O acordo previdenciário foi defendido pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, durante o Fórum de Líderes Brasil-Suécia, que reúne empresários e o rei Carlos XVI Gustavo da Suécia. Segundo informou a assessoria de imprensa de Andrade, esse acordo permitiria o reconhecimento das contribuições à previdência social dos trabalhadores do Brasil e da Suécia, evitando a dupla contribuição aos sistemas previdenciários dos dois países, e é estratégico para a internacionalização das companhias.
O rei destacou que o Brasil é hoje o principal parceiro da Suécia na América do Sul. “Espero que essa reunião de hoje gere muitas parcerias futuras e oportunidades comerciais”, disse Carl XVI Gustavo.
Temer, que encerrou o encontro, destacou que é importante estreitar a relação entre os dois países. “Nosso comércio tem espaço para crescer. Os investimentos de lado a lado têm potencial para expansão. Rumamos na direção de um intercâmbio ainda maior e melhor.”
O diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, também fez um discurso no encontro e apresentou a Agenda Legislativa da Indústria, lançada pela CNI na semana passada. Entre as propostas consideradas prioritárias pela instituição, estão as reformas política, tributária e da Previdência no país.
O encontro reúne 62 empresários, entre suecos e brasileiros, para debater a relação dos países. Após o Fórum, a CNI oferece um jantar para 150 pessoas, entre empresários e autoridades governamentais, no hall nobre do Bandeirantes.
(Com Estadão Contéudo)