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Cofundador da Apple diz que vai excluir sua conta do Facebook

Steve Wozniak disse que não gosta da maneira com que o Facebook lida com a privacidade e os dados dos membros da rede social

Por Da redação
9 abr 2018, 11h47
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  • O cofundador da Apple, Steve Wozniak, disse que vai deletar sua conta no Facebook após o escândalo com a consultoria Cambridge Analytica, que coletou dados de 87 milhões de usuários da rede social para ajudar na eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.

    Wozniak disse em entrevista para o USA Today que não gosta da maneira com que o Facebook lida com a privacidade e os dados dos membros da rede social. “Os usuários fornecem cada detalhe de suas vidas ao Facebook e eles usam isso para ganhar dinheiro com publicidade”, escreveu o cofundador por e-mail. “Os lucros são baseados nas informações do usuário, mas eles não recebem nada de volta”.

    “A Apple faz dinheiro com bons produtos. Como se costuma dizer, com o Facebook, o produto é você”, completou Wozniak. A frase faz referência ao argumento de que não existe nada gratuito – ao usar redes como Facebook e Google, os dados pessoais que você fornece são o preço a pagar, uma vez que as empresas podem usar essas informações para vender anúncios.

    O CEO da Apple, Tim Cook, fez críticas similares ao alfinetar o Facebook após o compartilhamento de dados com a Cambridge Analytica.

    Wozniak também disse que preferiria pagar para acessar o Facebook do que ter suas informações utilizadas para direcionamento de anúncios.

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    Escândalo 

    O Facebook envolveu-se em um escândalo sobre os dados de seus usuários após o jornal The New York Times revelar que a Cambridge Analytica, consultoria que participou da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidosobteve dados de 50 milhões de usuários (Dias depois, o Facebook elevou a quantidade de pessoas atingidas para 87 milhões). A consultoria teria usado informações da rede social para ajudar Trump a vencer a eleição em 2016. A companhia afirma não ter feito nada de ilegal.

    Na primeira reação público desde que o escândalo veio à tona, o fundador da rede social, Mark Zuckerberg, admitiu que a rede social errou e se desculpou. “Temos a responsabilidade de proteger seus dados, se não pudermos, não merecemos servi-los”, escreveu. 

    A rede social chegou a publicar anúncios em jornais britânicos e norte-americanos para pedir desculpas aos usuários.

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